Egito confirma localização das duas caixas-pretas de avião russo
O Egito recuperou as duas caixas-pretas do avião russo que caiu este sábado (31) na península do Sinai e no qual morreram todos os 224 ocupantes. A informação foi confirmada pelo ministro de Aviação Civil do Egito, Hossam Kemal.
Ele afirmou que a comunicação entre o avião e o controle de tráfego aéreo antes do acidente estava normal e que nada irregular ocorreu antes do acidente. "O avião não pediu mudança de rota".
"O avião foi dividido em dois, uma parte pequena na extremidade da cauda que queimou e uma parte maior que colidiu com uma rocha", acrescentou um oficial de segurança à agência "Reuters".
Uma das caixas-pretas [que registra os dados de voo e as comunicações] foi recuperada na cauda do avião e enviada a especialistas para ser analisada, informou o gabinete do primeiro-ministro Sharif Ismail. Segundo o comunicado, até o momento 129 corpos foram levados para o necrotério do Cairo.
O avião, um Airbus A321-200 da companhia Kogalimavia (conhecida como Metrojet), decolou às 5h51 (1h51 no horário de Brasília) da região turística de Sharm el-Sheikh, no mar Vermelho, com destino a São Petesburgo, na Rússia, onde deveria aterrissar pouco depois do meio-dia local (7h de Brasília). A maioria dos passageiros era formada por turistas russos. As causas do acidente ainda são desconhecidas.
O órgão de aviação russo Rosaviatsiya afirmou, em nota oficial, que o avião deixou de fazer contato com o controle aéreo do Chipre 23 minutos após a decolagem e desapareceu do radar em seguida. Neste momento, o aparelho estava a 30 mil pés de altitude (9.144 m). O comandante do avião queixou-se de uma falha técnica nos equipamentos de comunicação.
Estado Islâmico diz que derrubou; Rússia nega
Uma facção egípcia do grupo jihadista EI (Estado Islâmico) afirmou, via Twitter, ser responsável pela queda do avião. "Os soldados do Califado foram capazes de derrubar um avião russo na província do Sinai que transportava mais de 220 cruzados que foram todos mortos" (sic), afirma o grupo extremista em um comunicado publicado em suas contas no Twitter, indicando ter agido em retaliação à intervenção russa na Síria.
Minutos após a divulgação da informação, o ministro dos Transportes russo, Maxim Sokolov, declarou que o avião não poderia ter sido derrubado por um míssil disparado pelos jihadistas. "Essas informações não podem ser consideradas verdadeiras", disse à agência de notícias russa Interfax.
"Estamos em contato com nossos colegas do Egito e as suas autoridades de tráfego aéreo, e eles não têm nada que poderia confirmar tais afirmações", afirmou. (Com agências internacionais)
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