Polícia belga empreende "caçada" por principal suspeito de atentados
A polícia belga empreendia nesta quarta-feira (23) uma caçada pelo principal suspeito de envolvimento nos ataques de ontem em Bruxelas, Najim Laachraoui, que está foragido. Ele é o homem que aparece de jaqueta clara e chapéu no aeroporto ao lado de dois kamikazes no aeroporto de Bruxelas.
Diversos sites e redes de televisão locais chegaram a informar que Laachraoui havia sido preso nesta quarta-feira (23) no bairro de Anderlecht da capital belga, mas depois se retrataram. Em entrevista nesta manhã, a Procuradoria belga confirmou que ele está foragido.
Os atentados deixaram 31 mortos, mas esse número deve aumentar, segundo o procurador Frederic van Leeuw, porque o estado de muitos dos 271 feridos é crítico.
Segundo as primeiras informações, o belga é muito próximo de Salah Abdeslam, que havia participado dos ataques em Paris em novembro do ano passado e foi preso na Bélgica na semana passada.
Laachraoui também teria participado dos atentados de novembro, como o responsável por montar os explosivos carregados pelos suicidas.
De acordo com o jornal "Le Monde", Laachraoui visitou a Síria em fevereiro de 2013 e deu apoio logístico aos atentados de Paris, já que seu DNA foi encontrado no "material explosivo" em frente ao Stade de France e ao Bataclan - dois pontos de ataques. Além disso, suas digitais foram encontradas no apartamento onde a polícia belga prendeu Abdeslam.
A Procuradoria também identificou os dois kamikazes da ação e a mídia da Bélgica informou que eles são os irmãos Khalid e Brahim el-Bakraoui, moradores da capital. Ambos eram conhecidos das autoridades, tendo já sido condenados por crimes menores, como assalto a mão armada e pequenos furtos.
Ibrahim foi o kamikaze que realizou o ataque no aeroporto de Zaventem, enquanto Khalid foi o responsável pelo ataque no metrô de Maelbeek, informou a Procuradoria.
O segundo kamikaze do aeroporto não foi identificado.
Van Leeuw afirmou ainda que as forças de segurança belgas encontraram ainda em Bruxelas um laptop onde foi encontrada uma carta suicida de Ibrahim Bakraoui e mensagens ligadas ao Estado Islâmico (EI).
Na carta, Ibrahim dizia que a polícia estava buscando por ele e que não queria acabar numa cela de prisão.
"Sempre fugindo, sem saber mais o que fazer, sempre procurado por todos os lados, não estar seguro mais e se se demora mais ele se arrisca a ir parar numa cela", dizia a carta, segundo o procurador.
Na busca foram encontrados ainda 15 kg de explosivos, 150 litros de acetona, 30 litros de água oxigenada, detonadores, uma mala cheia de pregos e materiais usados para embalar explosivos. (Com agências internacionais)
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