Explosão em Beirute: número de mortos sobe para 157; 5.000 ficaram feridos
As explosões que devastaram Beirute na terça-feiram (4) deixaram pelo menos 157 mortos e dezenas de pessoas continuam desaparecidas, de acordo com informações da rede de TV Al Jazeera. Mais de 5.000 ficaram feridas.
As enormes explosões, provocadas segundo as autoridades por um incêndio em um depósito que armazenava uma grande quantidade de nitrato de amônio no porto de Beirute, deixou quase 300 mil desabrigados na capital libanesa.
Ontem, a ajuda internacional começou a chegar ao Líbano. O primeiro-ministro libanês, Hassan Diab, emitiu um "apelo urgente a todos os amigos e países irmãos".
O Kuwait anunciou o envio de um avião com ajuda médica. Já o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, anunciou a abertura de um hospital de campanha em Beirute, e as famosas pirâmides do país foram iluminadas com as cores libanesas.
O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, prometeu "ajuda humanitária em todos os âmbitos, especialmente no da saúde". O Crescente Vermelho turco envia hoje uma equipe de ajuda humanitária e equipamento médico de emergência. O Egito também se dispôs a enviar equipamentos e remédios para ajudar no atendimento às vítimas.
Israel chamou ontem a "superar o conflito" e propôs "ajuda humanitária e médica" ao Líbano, com o qual se encontra tecnicamente em estado de guerra.
Hoje deve chegar à cidade o hospital militar de campanha oferecido pela Jordânia. O local estará totalmente equipado para realizar cirurgias, com 160 profissionais de saúde de todas as áreas para poder cuidar dos feridos, segundo a agência de notícias oficial do reino, "Petra".
Vários países europeus também ofereceram assistência e apoio humanitário, médico ou técnico, com o envio de equipamentos, especialistas, material ou ajuda de emergência.
A França, antiga potência mandatária, enviou ajuda em três aviões militares. O presidente Emmanuel Macron, que visitou Beirute hoje, anunciou também que vai mandar um destacamento de defesa civil e "toneladas de equipamento médico". Ele é o primeiro chefe de estado a visitar a cidade após a tragédia.
Na Europa, a chanceler alemã, Angela Merkel, prometeu oferecer "apoio ao Líbano". A Holanda anunciou que 67 trabalhadores humanitários holandeses partiriam para Beirute na noite ontem. O Reino Unido também manifestou apoio ao Líbano. Já a Itália enviou 14 bombeiros especializados na avaliação dos riscos químicos e das estruturas danificadas.
"A Rússia compartilha a dor do povo libanês", reagiu o presidente Vladimir Putin em um telegrama de condolências ao colega libanês, Michel Aoun, que também recebeu um telefonema do presidente iraquiano, Barham Saleh, que se ofereceu para ajudá-lo, e uma carta de condolências do presidente sírio, Bashar al-Assad.
*Com informações da AFP
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