Obama critica Trump por dizer que mídia só fala de covid: 'Está com ciúmes'
O ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama fez duras críticas ontem ao atual mandatário, Donald Trump, candidato à reeleição, pela resposta dada à pandemia e por ter ironizado a cobertura da mídia sobre a covid-19, que já matou mais de 226 mil norte-americanos.
"Mais de 225 mil pessoas morreram neste país. Mais de 100 mil pequenas empresas foram fechadas. Meio milhão de empregos desapareceram só na Flórida. Pense nisso", disse Obama, falando de Orlando enquanto fazia campanha para o candidato democrata, Joe Biden, que foi vice-presidente na sua gestão.
"E qual é o seu argumento final? Que as pessoas estão muito focadas na covid. Ele disse isso em um de seus comícios. Covid, covid, covid, ele está reclamando. Ele está com ciúmes da cobertura da mídia sobre covid. Se ele estivesse focado na covid desde o início, os casos não estariam atingindo novos recordes em todo o país nesta semana", acrescentou Obama.
Ontem, em sua conta oficial no Twitter, o presidente criticou a cobertura da imprensa sobre a pandemia e disse que os americanos "não ouvirão muito sobre isso mais" no dia 4 de novembro, um dia após as eleições.
Os Estados Unidos são o país mais atingido pela pandemia. Segundo dados da Universidade John Hopkins, são mais de 8,7 milhões de casos e 226.728 óbitos.
Apesar de um novo aumento das infecções, Trump tem declarado, sem apresentar evidências científicas, que a pandemia está recuando. Ao longo da pandemia, Trump minimizou o novo coronavírus e frequentemente apareceu sem máscaras em eventos públicos.
Em seu discurso, Obama também culpou o republicano por transformar a Casa Branca "numa zona quente" para o vírus. No início de outubro, o presidente e a primeira-dama, Melania, foram diagnosticados com covid-19.
Ao menos oito pessoas que compareceram a um evento lotado no Rose Garden, na Casa Branca, no dia 26 de setembro, testaram positivo — embora não esteja claro exatamente onde e quando contraíram o vírus. Naquele dia, Trump anunciou formalmente sua nomeação da conservadora Amy Coney Barrett para a Suprema Corte.
As imagens do evento mostraram que poucos participantes usavam máscaras e os assentos não estavam separados por dois metros. Alguns convidados se cumprimentaram com apertos de mãos e abraços.
As pesquisas de intenção de voto apontam que Biden mantém uma sólida vantagem em Wisconsin, um dos estados-chave na disputa eleitoral. A gestão da crise sanitária é vista como um dos fatores que mais pesam na decisão final dos eleitores.
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