Campanha de Trump abre processo para interromper apuração na Geórgia
A campanha do presidente Donald Trump à reeleição nos Estados Unidos anunciou mais um processo para interromper apuração de votos — desta vez, no estado da Geórgia. A estratégia já foi utilizada Pensilvânia; a campanha também pediu a recontagem em Wisconsin e Michigan.
A informação é da agência Associated Press. A campanha republicana busca acionar a Justiça em vários estados-chave da eleição na disputa contra o democrata Joe Biden.
A Geórgia já teve mais de 94% dos votos contados e apresenta uma apuração apertada. Até 21h40 de hoje, Trump apresentava 50,1% e Biden, 48,7%. O estado apresenta 16 delegados e é apontado reduto conservador e republicano desde a década de 1990.
Biden segue à frente na votação nacional, com 253 delegados, contra 214 de Trump. Se sair vitorioso na Geórgia, o democrata pode ser considerado virtualmente eleito.
Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as agências de notícias e veículos de comunicação como AFP, AP e Fox fazem extrapolações estatísticas e apontam os vencedores por estado. A AFP chegou a considerar definida a apuração do Arizona — e Joe Biden somava mais 11 votos até a manhã desta quinta-feira (5). A contagem de votos continua no estado.
Trump fala em vitória; Twitter alerta conteúdo enganoso
Trump divulgou em sua conta oficial do Twitter que havia saído vitorioso nos estados da Pensilvânia, Geórgia e Carolina do Norte. No entanto, as apurações eleitorais ainda não terminaram em nenhum dos três estados.
Pouco depois, a rede social adicionou uma mensagem às publicações de Trump: "Parte ou todo o conteúdo compartilhado neste tweet é contestável e pode ser enganoso sobre uma eleição ou outro processo cívico".
Trump pedirá recontagem dos votos
A campanha de Trump já havia anunciado anteriormente que pedirá recontagem de votos nos estados de Wisconsin e Michigan e que entrará com ação judicial contra o processo eleitoral no estado da Pensilvânia, com o objetivo de suspender a contagem de votos.
Em Wisconsin, a vitória de Biden foi confirmada pelas agências AP e AFP, o jornal "New York Times" e a rede de TV americana CNN, na tarde de hoje — com 99% das urnas apuradas, o democrata aparece com 49,6% dos votos contra 48,9% de Trump.
Como a diferença entre Biden e Trump é menor que um ponto percentual, o presidente pode pedir uma recontagem de votos.
No sistema eleitoral americano, os 538 votos do Colégio Eleitoral — ou 538 "delegados" — determinam quem será o presidente. Esses 538 votos são distribuídos entre os estados, de forma proporcional, considerando a população de cada um deles. Ganha quem alcançar 270 delegados. O candidato que ganhar a eleição popular dentro do estado leva todos os votos dele no Colégio Eleitoral — com exceção do Maine e de Nebrasca, que dividem seus votos de acordo com os distritos regionais.
Biden também venceu recentemente no estado de Wisconsin, de acordo com resultados apontados pela AP, AFP, o jornal New York Times e a CNN. Com 99% das urnas apuradas, Biden aparece com 49,6% dos votos contra 48.
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