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EUA: protestos eleitorais acabam em prisões em Portland e Nova York

Protesto realizado em Nova York no dia seguinte às eleições americanas terminou com detenções - Michelle Nichols/Reuters
Protesto realizado em Nova York no dia seguinte às eleições americanas terminou com detenções Imagem: Michelle Nichols/Reuters

Do UOL*, em São Paulo

05/11/2020 08h40Atualizada em 05/11/2020 15h42

Manifestações, em sua maioria pequenas e pacíficas, foram realizadas em cidades dos Estados Unidos por apoiadores do candidato democrata Joe Biden na noite de ontem. No entanto, mais de 60 pessoas foram presas durante protestos em Portland e Nova York.

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Os protestos ocorrem em resposta ao candidato à reeleição Donald Trump, que reivindicou a vitória em meio à indefinição do resultado final e pediu a suspensão da contagem dos votos nos estados que determinarão o vencedor da eleição realizada na terça-feira. Projeções indicam que Biden está próximo de garantir os 270 delegados necessários para ser eleito o novo presidente dos Estados Unidos. Trump, porém, ainda tem chances matemáticas de virar o resultado.

Em Portland, a polícia prendeu 11 pessoas e apreendeu fogos de artifício, martelos e um rifle. A governadora do Oregon, Kate Brown, ativou a Guarda Nacional em resposta aos protestos na noite após a votação na eleição presidencial dos EUA.

"Todas as reuniões em que ocorreram motins foram no centro da cidade", disse um porta-voz da Polícia de Portland à Reuters em um comunicado por e-mail. "Houve 11 prisões esta noite e não recebemos nenhum relato de feridos".

Em Nova York, a polícia disse ter feito cerca de 50 detenções em protestos que se espalharam na cidade na noite de ontem.

Quatro detenções foram efetuadas em Denver enquanto os manifestantes entraram em confronto com a polícia, disse o Departamento de Polícia de Denver. As prisões também foram feitas durante manifestações em Minneapolis, depois que os manifestantes bloquearam o trânsito, disse a polícia local.

Ativistas também organizaram manifestações em Atlanta, Detroit e Oakland, exigindo que a contagem de votos ocorresse sem impedimentos.

Como está a contagem?

Os Estados Unidos não têm um órgão oficial que divulga, em tempo real, os resultados das urnas, como o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) no Brasil. Por isso, as projeções da imprensa são relevantes na divulgação da conquista dos delegados.

Todos os veículos indicam que cinco estados ainda estão em aberto:

  • Pensilvânia (20 delegados)
  • Geórgia (16)
  • Carolina do Norte (15)
  • Nevada (6)
  • Alasca (3)

Há dúvida sobre o Arizona, com 11 delegados. Algumas fontes, como AP e Fox News, consideram garantida a vitória de Biden no estado. Outros, porém, como o New York Times e a AFP, apontam que a apuração ainda está em andamento e não há decisão.

Até as 12h30 de hoje, segundo a AFP, Biden liderava com 253 votos. Já o presidente Donald Trump contava 214 delegados.

A expectativa é de que Nevada divulgue sua apuração por volta das 13h (horário de Brasília). Biden liderava no estado por menos de 1 ponto percentual na manhã de hoje.

Confirmando a vitória no Arizona e Nevada, Biden seria eleito independentemente do resultado nos demais estados.

Na Geórgia, com 16 delegados, Trump liderava com 0,4 ponto percentual. Ele também está vencendo na Carolina do Norte e na Pensilvânia, embora a diferença de 3 pontos percentuais para Biden já tenha sido de 14 pontos. O republicano é favorito para vencer no Alasca.

Para ser reeleito, o republicano precisa confirmar a vitória nesses quatros estados onde lidera, além de virar em Nevada.

Trump pedirá recontagem dos votos

A campanha de Trump anunciou ontem que pedirá recontagem de votos nos estados de Wisconsin e Michigan e que entrará com ação judicial contra o processo eleitoral no estado da Pensilvânia, com o objetivo de suspender a contagem de votos.

Em Wisconsin, a vitória de Joe Biden foi confirmada pelas agências AP e AFP, o jornal "New York Times" e a rede de TV americana CNN, na tarde de hoje — com 99% das urnas apuradas, o democrata aparece com 49,6% dos votos contra 48,9% de Trump. Como a diferença entre Biden e Trump é menor que um ponto percentual, o presidente pode pedir uma recontagem de votos.

(Com Reuters)