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Funcionário de loja onde George Floyd foi presta depoimento: 'Senti culpa'

Christopher Martin depôs no julgamento de Derek Chauvin pela morte de George Floyd - Reprodução/NBC
Christopher Martin depôs no julgamento de Derek Chauvin pela morte de George Floyd Imagem: Reprodução/NBC

Do UOL, em São Paulo

31/03/2021 17h12

O funcionário da loja de conveniência onde George Floyd foi logo antes de ser morto, em maio do ano passado, foi ouvido hoje no julgamento do policial Derek Chauvin, acusado de matar Floyd. Christopher Martin disse que se sentiu culpado e descrente ao ver a ação da polícia.

O jovem de 19 anos que trabalha no caixa da loja de conveniência relatou que George Floyd pagou a compra com uma nota de 20 dólares, que ele em seguida percebeu que era falsa. Martin pensou em cobrir o valor, mas acabou mostrando a nota para seu gerente, que o orientou a ir atrás de Floyd. Ele disse que acredita que Floyd não sabia que a nota era falsa.

Martin contou que tanto George Floyd quanto o amigo que estava com ele no carro se recusaram a voltar para a loja. O funcionário então falou que ofereceu para o gerente da loja para cobrir o valor, mas o gerente pediu que voltasse a falar com Floyd e orientou outro empregado a chamar a polícia.

"Se eu simplesmente não tivesse aceitado a nota isso poderia ter sido evitado", disse Christopher Martin, explicando o sentimento de culpa. Ele também disse que Floyd foi amigável.

O julgamento

O julgamento de Derek Chauvin começou na segunda-feira (29) em Minneapolis, nos Estados Unidos. O ex-policial é acusado de homicídio em segundo e terceiro grau e de homicídio culposo de segundo grau.

Ontem, a jovem que gravou o momento em que Derek Chauvin se ajoelhou sobre o pescoço de Floyd durante a abordagem policial que terminou em sua morte foi ouvida. Darnella Frazier tinha apenas 17 anos quando gravou o vídeo e o divulgou nas redes sociais. As imagens da abordagem desencadearam um movimento global de protestos.

Com 19 anos na polícia, Chauvin é acusado de assassinato e homicídio culposo e enfrenta até 40 anos de prisão se for declarado culpado da acusação mais grave: assassinato em segundo grau. O veredicto deve sair no final de abril ou início de maio.

Relembre o caso

George Floyd foi assassinado no dia 25 de maio de 2020. O então policial Derek Chauvin ajoelhou sobre seu pescoço por cerca de nove minutos e o vídeo da abordagem policial registrou Floyd dizendo que não conseguia respirar. A morte de George Floyd gerou uma onda de protestos antirracismo e contra a violência policial em todo o país e no mundo.