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Joe Biden diz não acreditar que Taleban mudou

Colaboração para o UOL

19/08/2021 10h17Atualizada em 19/08/2021 11h14

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse não acreditar que o Taleban, que assumiu o controle da capital afegã Cabul no fim de semana, mudou. Além disso, Biden falou que o grupo precisa decidir se quer ser reconhecido internacionalmente.

Perguntado em entrevista ao canal americano ABC News se o Taleban poderia ter realmente mudado de postura e alterado as crenças, o presidente americano simplesmente respondeu: "Não".

Logo em seguida, Biden afirmou que o grupo deve estar passando por uma espécie de crise existencial. "Se querem ser reconhecidos pela comunidade internacional como um governo legítimo? Não tenho certeza que querem", adicionou.

O presidente norte-americano também disse perceber o Taleban mais apegado do que nunca a suas crenças. Outro obstáculo, na análise dele, é o que o grupo pode prover para os afegãos.

"Eles também se importam se há comida, se há uma renda para gerir a economia, se importam se conseguem segurar uma sociedade sobre a qual dizem se importar muito. Não conto com nada disso", falou.

Para o mandante dos Estados Unidos, garantir os direitos das mulheres no Afeganistão não será possível com força militar, mas com pressão diplomática e econômica.

Crise internacional

Mais de 2,2 mil diplomatas e outros civis foram evacuados do Afeganistão em voos militares, disse um oficial de segurança das forças ocidentais à Reuters. A fuga ocorre em meio a um esforço para retirar as pessoas do território após a tomada do poder pelo grupo.

Apesar de pronunciamentos em que o grupo afirmou que deseja paz, não executará planos de vingança e preservará os direitos das mulheres, muitas pessoas ainda estão desesperadamente tentando deixar o Afeganistão.

Desde domingo, vários tumultos no aeroporto internacional de Cabul têm sido registrados pela imprensa de diversos países. A confusão é justamente pelo desejo de sair do Afeganistão, motivado pela desconfiança da população nas promessas do Taleban.