Duas crianças afegãs morrem na Polônia após comerem fungos venenosos

Dois irmãos do Afeganistão, um de cinco e outro de seis anos, morreram na Polônia intoxicados após comerem fungos venenosos. Eles chegaram no país no dia 23 de agosto com a família e estavam em quarentena em um centro de imigrantes em Podkowa Lesna, perto de Varsóvia. Além deles, a irmã de 17 anos também hospitalizada, mas recebeu alta alguns dias depois.

Um porta-voz do Escritório de Imigração, que administra os centros de imigrantes na Polônia, disse no início da semana que cinco pessoas haviam solicitado atendimento médico por problemas no estômago, mas que não relataram terem ingerido fungos. Ele também negou uma matéria da imprensa que informava que as crianças comeram os fungos porque não estavam suficientemente alimentadas, já que no centro, as pessoas recebem "três refeições por dia", disse.

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A criança mais nova morreu ontem e a morte de seu irmão foi confirmada hoje. As chances de sobrevivência do menino de seis anos já eram baixas, ainda que ele tenha recebido um transplante de fígado.

Segundo o portal de notícias OKO.press, o pai dos meninos, um contador, trabalhou para o exército britânico durante anos e a família foi retirada pelo exército polonês a pedido do Reino Unido.

Fuga do Afeganistão

Após as tropas dos Estados Unidos desocuparem o Afeganistão em agosto, centenas de afegãos fugiram do país com o vácuo administrativo e o ressurgimento do Talebã no país. Uma imagem de centenas de afegãos amontoados em um avião militar de carga dos Estados Unidos circulou nas redes sociais logo após a notícia da saída das forças americanas. O número de passageiros está entre os mais altos já registrados nesse tipo de avião, um C-17 Globemaster.

Agora, o Talebã está preparando a formação de um governo no Afeganistão que será submetido a intenso escrutínio internacional para ver se cumpre as promessas de maior tolerância, especialmente em relação às mulheres.

O anúncio do gabinete era esperado inicialmente após a oração desta tarde, mas não será feito até sábado (4) pelo menos, informou um porta-voz do Talibã à AFP.

Como o aeroporto de Cabul está inoperante, esforços particulares para ajudar afegãos temerosos de represálias do Talibã se concentraram em obter passagem livres através das fronteiras da nação sem saída para o mar com Irã, Paquistão e países do centro da Ásia.

*Com informações da AFP, Reuters e BBC