Criança é morta em bombardeio russo a prédio na Ucrânia
Um bombardeiro russo na cidade de Chuhuiv, na Ucrânia, deixou pelo menos um morto na madrugada de hoje. A vítima é uma criança que estava em um prédio de cinco andares atingido durante o ataque, ainda que a Rússia houvesse dito que não haveria ataques a civis ucranianos.
Segundo informações da Polícia Nacional da Ucrânia (NPU), 15 moradores foram resgatados com vida pelos bombeiros, que relataram que as varandas do segundo e terceiro andar e um apartamento no quarto ficaram destruídos pelo fogo causado pelo incidente. O artefato utilizado pelos militares da Rússia não foi identificado em nota.
A NPU detalhou ainda que outras pessoas ficaram feridas no mesmo ataque, mas sem divulgar detalhes sobre número de vítimas e sua identidade.
O fogo na edificação em que a criança morta estava já foi controlado.
Na noite de ontem, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, anunciou uma "operação militar especial" na Ucrânia, com foco nas áreas separatistas. Pouco depois, começaram a surgir os registros de bombardeios no país.
Em resposta, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, anunciou hoje em um discurso à nação o rompimento das relações diplomáticas com Moscou.
"Rompemos os laços diplomáticos com a Rússia", declarou a autoridade, embora as relações com o país vizinho tenham continuado mesmo depois que a Rússia anexou a Crimeia em 2014.
Presidente ucraniano anunciou adoção da lei marcial
Zelensky também adotou lei marcial em todo o território ucraniano, pedindo para que os cidadãos continuem calmos. A adoção da lei marcial consiste em uma medida que altera as regras de funcionamento de um país, deixando de lado as leis civis e colocando em vigor leis militares.
"Estamos introduzindo a lei marcial em todo o território do nosso país. Há um minuto, tive uma conversa com o presidente Biden. Os EUA já começaram a unir o apoio internacional. Hoje cada um de vocês deve manter a calma. Fique em casa se puder. Nós estamos trabalhando. O exército está trabalhando. Todo o setor de defesa e segurança está funcionando. Sem pânico. Nós somos fortes. Estamos prontos para tudo. Vamos vencer todos porque somos a Ucrânia", diz o comunicado do presidente ucraniano.
Mais cedo, ainda antes dos bombardeios, o presidente disse que tentou fazer uma ligação para conversar com Putin, mas não teve sucesso.
O presidente russo reconheceu na segunda-feira (21) a independência da República Popular de Donetsk e da República Popular de Lugansk, ambas no leste da Ucrânia. O leste do país está em guerra desde 2014, quando, após a derrubada de um presidente pró-Moscou do poder em Kiev, ocorreu a anexação da península ucraniana da Crimeia pelos russos e, em seguida, o início dos conflitos entre separatistas pró-Rússia e as forças militares da Ucrânia.
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