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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Otan não enviará tropas à Ucrânia: Rússia pagará preço econômico e político

Do UOL, em São Paulo*

24/02/2022 09h46Atualizada em 24/02/2022 13h59

O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico), Jens Stoltenberg, afirmou em entrevista coletiva hoje que o bloco não vai enviar tropas à Ucrânia após a Rússia começar, durante a madrugada, uma operação militar de invasão ao país vizinho.

Segundo o diplomata, militares serão enviados apenas à região leste dos territórios da Otan, mas a Rússia vai pagar um "alto preço político e econômico". A fronteira leste dos estados-membros da Otan é formada pela Polônia, Eslováquia, Hungria e Romênia - todos esses países fazem fronteira com a Ucrânia.

"Já aumentamos e estamos aumentando a presença de tropas da Otan na parte leste da aliança. Não temos tropas da Otan na Ucrânia e não temos planos de enviar tropas da Otan para a Ucrânia", afirmou Stoltenberg.

Mapa Ucrania - Arte/ UOL - Arte/ UOL
Imagem: Arte/ UOL

"Instamos a Rússia nos termos mais fortes a abandonar o caminho de violência e agressão que escolheu. Os líderes da Rússia devem assumir total responsabilidade pelas consequências de suas ações. A Rússia pagará um preço econômico e político muito alto", completou o secretário-geral.

Ainda de acordo com o diplomata da Otan, os aliados do bloco e parceiros fizeram todos os esforços para buscar a diplomacia e o diálogo com a Rússia e fizeram muitas propostas para aumentar a segurança de todas as nações da região euro-atlântica. Os contatos, no entanto, não tiveram sucesso". Convidamos repetidamente a Rússia para conversações no Conselho Otan-Rússia. A Rússia ainda não retribuiu. Foi a Rússia, e somente a Rússia, que escolheu a escalada", disse.

  • Veja as últimas informações sobre ataque russo à Ucrânia e mais no UOL News com Fabíola Cidral:

Após uma reunião com Stoltenberg, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, falou sobre o impacto planejado das sanções que serão debatidas pelos líderes da União Europeia ainda hoje.

"Essas sanções suprimirão o crescimento econômico da Rússia, aumentarão os custos dos empréstimos, aumentarão a inflação, intensificarão a saída de capital e gradualmente corroerão sua base industrial", disse von der Leyen.

"Nossas medidas enfraquecerão a posição tecnológica da Rússia em áreas-chave nas quais a elite ganha a maior parte de seu dinheiro - isso varia de componentes de alta tecnologia a software de ponta", completou a diplomata.

Ataques à Ucrânia deixaram civis mortos e feridos

Os ataques da Ucrânia à Rússia hoje já deixaram civis mortos e feridos. Segundo o comando militar ucraniano, disparos de projéteis russos contra um hospital na região de Donetsk deixaram pessoas mortas. Outras 10 pessoas ficaram feridas, entre elas seis médicos.

Donestk foi uma das regiões tomadas por rebeldes pró-Rússia reconhecidas pelo presidente russo, Vladimir Putin, como território independente na segunda-feira (21).

Outro bombardeio durante a madrugada, dessa vez na cidade de Chuhuiv, a 530 quilômetros de Kiev, deixou pelo menos um morto. A vítima é uma criança que estava em um prédio de cinco andares atingido durante o ataque, ainda que a Rússia houvesse dito que não haveria ataques a civis ucranianos.

Nessa mesma cidade, um complexo de apartamentos foi alvo de um ataque aéreo durante a ofensiva russa ao país vizinho e deixou idosas feridas. Uma das imagens, com uma mulher ensanguentada, se tornou uma das mais marcantes registradas neste início de invasão.

* Com informações de agências internacionais