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Ucrânia: Recém-nascidos são tirados de UTI e colocados em abrigo antiáereo

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 13h34

Recém-nascidos que estavam em UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal de um hospital infantil em Dnipro, no leste da Ucrânia, precisaram ser transferidos para um abrigo antiaéreo em um nível mais baixo do prédio ontem, dia em que a Rússia invadiu o país. As informações são do jornal The New York Times.

"Esta é a UTI neonatal. Em um abrigo antiaéreo. Você pode imaginar?", disse ao jornal Denis Surkov, chefe da unidade neonatal do Hospital Clínico Infantil de Dnipropetrovsk Oblast.

"Esta é a nossa realidade", disse ele.

Em um vídeo cedido por Surkov ao periódico dos EUA, alguns bebês são vistos deitados em fileiras, enrolados em cobertores com equipamentos médicos, e outros no colo de funcionários do hospital.

A cidade de Dnipro foi alvo de ataques com mísseis quando a invasão russa à Ucrânia começou na manhã de ontem.

Tropas russas entram na capital Kiev

As tropas russas entraram em Kiev, capital da Ucrânia, por volta das 13h50 (horário local), confirmou o prefeito Vitaliy Klitschko. O movimento de militares da Rússia estava sendo acompanhado por aliados da Ucrânia e uma invasão em Kiev era esperada para as próximas horas.

Ontem (24), a Rússia invadiu o território ucraniano e atacou instalações militares por todo o país. O ataque aconteceu por terra, mar e ar, relataram veículos de imprensa internacionais e o governo ucraniano. Mais de uma centena de pessoas morreram, inclusive crianças.

Na madrugada, um foguete disparado pela Rússia atingiu um prédio de Kiev, deixando três feridos. O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, acusa a Rússia de atacar áreas residenciais de Kiev. As autoridades russas negam e dizem estar tomando todas as medidas para evitar baixas entre a população civil.

De acordo com fontes militares, Kiev é o principal alvo do presidente russo Vladimir Putin para "decapitar o governo" ucraniano e instalar um Executivo favorável a Moscou.

O prefeito incentivou que cidadãos peguem em armas para ajudar os soldados ucranianos.

O governo da Ucrânia tem reforçado o pedido por diálogo para colocar fim à violência na região. Ao mesmo tempo, países têm aplicado sanções à Rússia.

Nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o país está disposto a negociar se a Ucrânia deixar de lutar e "soltar as armas". Segundo o chanceler da Rússia, o país não tem a intenção de ocupar Ucrânia, mas "libertar os ucranianos da opressão".