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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Macron diz que França vai fornecer equipamentos de defesa à Ucrânia

Do UOL, em São Paulo

25/02/2022 12h58

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse hoje que o país fornecerá equipamentos de defesa à Ucrânia, invadida pela Rússia.

Em um discurso escrito aos dois órgãos legislativos franceses, Macron não detalhou quais seriam os equipamentos, mas informou que fornecerá à Ucrânia uma "assistência orçamentária adicional de 300 milhões de euros [cerca de R$ 1,7 bilhão]" e "fornecerá o material defensivo de que eles precisam".

A França não forneceu armas à Ucrânia anteriormente, mas auxiliou com ajuda humanitária e apoio orçamentário.

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou, em vídeo publicado nas redes sociais, que o país se defende sozinho contra a Rússia. O ucraniano também diz que o "país mais poderoso do mundo olhou de longe", numa referência aos Estados Unidos.

Zelensky cobra que a Rússia sofra mais do que sanções, já aplicadas por nações ocidentais. "A Rússia foi atingida ontem por sanções, mas não são suficientes para tirar essas tropas estrangeiras de nosso solo. Só com solidariedade e determinação isso pode ser alcançado."

Conversa 'franca' com Putin

Macron disse que teve uma conversa "franca, direta e rápida" com o presidente da Rússia, Vladimir Putin. O político pediu o fim da ofensiva contra a Ucrânia, que já deixou mais de 130 mortos apenas no primeiro dia de conflito.

"(A ligação) Foi também para pedir que ele discutisse com o presidente (Volodimir) Zelensky, que havia solicitado isso, porque ele não conseguiu contatá-lo", disse Macron a repórteres após uma cúpula da UE em Bruxelas, segundo a SKY News.

O presidente francês considerou útil "deixar o caminho aberto" para um possível diálogo com o mandatário russo quando as condições estiverem adequadas, para tentar pôr fim à ofensiva russa contra a Ucrânia.

Invasão a Kiev

As tropas russas entraram em Kiev, capital da Ucrânia, por volta das 13h50 (horário local), confirmou o prefeito Vitaliy Klitschko. O movimento de militares da Rússia estava sendo acompanhado por aliados da Ucrânia e uma invasão em Kiev era esperada para as próximas horas.

De acordo com fontes militares, Kiev é o principal alvo do presidente russo para "decapitar o governo" ucraniano e instalar um Executivo favorável a Moscou.

O prefeito incentivou que cidadãos peguem em armas para ajudar os soldados ucranianos.

Nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou que o país está disposto a negociar se a Ucrânia deixar de lutar e "soltar as armas". Segundo o chanceler da Rússia, o país não tem a intenção de ocupar Ucrânia, mas "libertar os ucranianos da opressão".