ONU: 150 mil já deixaram Ucrânia; refugiados aguardam horas nas fronteiras
O Comissariado da Agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para Refugiados, Filippo Grandi, disse hoje (26) que mais de 150 mil pessoas já deixaram a Ucrânia desde o início da guerra com a Rússia em direção a outros países. Metade dos refugiados foi para Polônia, mas Moldávia, Romênia, Hungria e Eslováquia também estão recebendo ucranianos desde que a guerra começou, na quinta-feira, 24. Muitos deles estão passando horas para cruzar as fronteiras.
"O deslocamento na Ucrânia também está crescendo, mas a situação militar torna difícil estimar os números e fornecer ajuda", disse Grandi, em seu perfil no Twitter.
A ONU estima que o número de refugiados ucranianos pode chegar a 4 milhões dependendo da evolução do conflito. A agência para refugiados tem presença na Hungria, Polônia e Romênia. A Eslováquia e a República Tcheca são atendidas pelo escritório regional em Budapeste, capital húngara.
Como homens de 18 a 60 anos não podem deixar a Ucrânia, após o governo do presidente Volodymyr Zelensky convocar os ucranianos para a guerra, a imensa maioria dos refugiados ucranianos cruzando as fronteiras do país são mulheres e crianças.
Polônia
O governo polonês disse hoje que já recebeu cerca de 100 mil refugiados. Além dos ucranianos há também estrangeiros que moram no país atacado pela Rússia. Cerca de 90% deles têm familiares ou amigos no país.
As autoridades afirmam que o tempo de espera para cruzar a fronteira varia de 6 a 12 horas em alguns lugares.
Em Medyka, no sul da Polônia, a cerca de 85 km de Lviv, no oeste da Ucrânia, as estradas estão cheias de carros, policiais orientando o trânsito e pessoas abraçando entes queridos depois que chegaram ao lado polonês. Um site de mapas na internet mostra o caminho congestionado com tráfego intenso.
Romênia
O governo romeno disse que nesta madrugada havia uma fila de 15 km no posto de fronteira de Porubne-Siret, uma das rotas entre os dois países. Por isso, pede para população usar outros pontos de entrada para agilizar o processo.
A imprensa local tem noticiado que muitos homens têm levado suas famílias até a fronteira com a Ucrânia, deixando mulheres e crianças por lá, e pegando o caminho de volta.
* Com informações da ANSA
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