ONU afirma que 520 mil pessoas já fugiram da Ucrânia
O chefe do Acnur (Alto Comissariado da Organização das Nações Unidas para Refugiados), Filippo Grandi, afirmou nesta segunda-feira (28), no Conselho de Segurança da ONU, que 520 mil pessoas já fugiram da Ucrânia para países vizinhos por causa da guerra com a Rússia.
Na sexta-feira (25), a agência já havia alertado que, se a guerra na Ucrânia continuar, um total de 4 milhões de pessoas poderão fugir e buscar refúgio nos países da região.
"Esse número vem aumentando exponencialmente, hora após hora, literalmente, desde quinta-feira. Trabalhei em crises de refugiados por quase 40 anos e raramente vi um êxodo de pessoas tão incrivelmente rápido - o maior, certamente, na Europa, desde as guerras dos Balcãs", disse Grandi.
Os refugiados da Ucrânia se dividem entre diversos países da Europa, principalmente naqueles que fazem divisa com o país que vem sendo atacado pela Rússia; são eles:
- Polônia: 280 mil
- Hungria: 94 mil
- Moldávia 40 mil
- Romênia: 34 mil
- Eslováquia: 30 mil
A Ucrânia faz divisa com Polônia, Moldávia, Belarus, Eslováquia, Hungria, Romênia, além da própria Rússia. As pessoas na Ucrânia passaram a recorrer a esses seis primeiros países em busca de segurança.
Quem tem atravessado as fronteiras está, no geral, sendo bem recebido e tem contado com a ajuda de autoridades locais e voluntários, inclusive para o fornecimento de casacos e itens básicos de higiene.
Quero elogiar os governos dos países receptores por permitirem o acesso de refugiados ao seu território. O desafio de admitir e registrar, para atender às necessidades e garantir a proteção daqueles que fogem, é assustador, mas até agora eles foram cumpridos, embora eu esteja seriamente preocupado com a provável e maior escalada no número de chegadas
Filippo Grandi
Em sua declaração, o Alto Comissariado também destacou que, nesta terça-feira (29), a organização irá lançar o Apelo Humanitário da ONU para a Ucrânia. De acordo com ele, a Acnur já captou mais de 40 milhões dólares em doações para ajuda humanitária às vítimas da guerra.
"Conto com os governos para fazerem o mesmo - e rapidamente. Os ucranianos - e os países que acolhem refugiados da Ucrânia - não podem esperar", pediu Grandi
5º dia de guerra
A invasão russa à Ucrânia entrou no quinto dia nesta segunda. A reunião entre as delegações da Ucrânia e da Rússia terminou sem acordo entre os países, em Belarus, informou a Tass, agência de notícias russa.
A conversa durou cerca de cinco horas. O assessor do presidente da Ucrânia, Mikhaylo Podolyak, disse para jornalistas que ambos os países retornam hoje para suas capitais com o objetivo de realizarem consultas para uma próxima rodada.
Logo após o fim da reunião, explosões começaram a ser ouvidas em Kiev, capital ucraniana. A prefeitura da cidade informou no canal oficial do Telegram sobre um possível ataque aéreo. Sirenes tocaram por toda cidade.
Nenhum dos dois presidentes envolvidos na guerra participou do encontro. Antes da reunião, a Ucrânia informou que exigiria um cessar-fogo "imediato" e a retirada das tropas russas; a Rússia não quis revelar sua posição.
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