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União Europeia rastreia "dinheiro paralelo" que financia Putin

Josep Borrell, próximo chefe da diplomacia da União Europeia - Kenzo Tribouillard/AFP
Josep Borrell, próximo chefe da diplomacia da União Europeia Imagem: Kenzo Tribouillard/AFP

Do UOL, em São Paulo

28/02/2022 13h52Atualizada em 28/02/2022 18h33

Em pronunciamento realizado hoje (28), o chefe da diplomacia europeia Josep Borrell disse que uma das medidas adotadas contra a Rússia é de rastrear o que chamou de "dinheiro paralelo", que financiaria o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e possivelmente a guerra contra a Ucrânia.

O chefe da diplomacia europeia também elogiou a postura da tradicionalmente neutra Suíça em adotar as sanções econômicas contra a Rússia e os esforços dos países europeus para rastrear o dinheiro que financiaria as ações russas (leia mais abaixo).

Durante seu pronunciamento —após uma reunião virtual com os ministros da Defesa do bloco—, Borrell falou sobre o nascimento de uma nova era com uma redução da dependência da UE (União Europeia) em relação ao petróleo e gás russos. Mencionou que isso tem um custo muito alto para os países europeus e que esse comércio serve para financiar Putin.

Para ele, o pacote de medidas econômicas contra a Rússia custará caro para UE, mas a conta ficaria mais alta caso não houvesse uma ação imediata. "Temos que estar prontos para pagar agora, no futuro será mais caro", afirmou.

O chefe da diplomacia europeia ressaltou que a UE também está concentrando esforços para ajudar o governo ucraniano com envio de armamentos —a maior parte para defesa, de acordo com ele—, e carregamentos de primeiros socorros.

"Até hoje, a União Europeia é pacífica e não militar. Ela não supria armas para um terceiro país. É o que estamos fazendo agora", disse Borrell.

Suíça adotará sanções da União Europeia

A Suíça —que tradicionamente mantém a neutralidade em conflitos— adotará sanções da União Europeia contra os russos envolvidos na invasão da Ucrânia e congelará seus bens, disse o governo hoje.

"Em vista da contínua intervenção militar da Rússia na Ucrânia, o Conselho Federal tomou a decisão em 28 de fevereiro de adotar os pacotes de sanções impostos pela UE em 23 e 25 de fevereiro", disse o governo em comunicado, informou a Reuters.

A Suíça também adotou sanções financeiras contra o presidente russo Vladimir Putin, o primeiro-ministro Mikhail Mishustin e o ministro das Relações Exteriores Sergei Lavrov, com efeito imediato. "A Suíça reafirma sua solidariedade com a Ucrânia e seu povo; entregará suprimentos de emergência para pessoas que fugiram para a Polônia", continuou o governo.

Hoje, a Suíça também fechou seu espaço aéreo para todos os voos procedentes da Rússia, incluindo os aviões particulares, "com exceção de voos para fins humanitários, médicos, ou diplomáticos", disse um comunicado.

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia e mais no UOL News com Diego Sarza:

*Com informações da Reuters e da AFP