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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia quer 'apagar' a Ucrânia e sua história, afirma Zelensky

Do UOL, em São Paulo*

02/03/2022 06h08Atualizada em 02/03/2022 09h27

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, acusou hoje a Rússia de querer "apagar" seu país e sua história, após a invasão ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada. A guerra entre os dois países vizinhos já dura uma semana.

"Eles têm a ordem de apagar nossa história, apagar nosso país, apagar todos nós", afirmou em um vídeo divulgado nas redes sociais.

No pronunciamento, Zelensky pediu que os países não permaneçam neutros no conflito e também fez um apelo aos judeus do mundo para que "não permaneçam em silêncio", após o ataque russo de ontem à torre de televisão de Kiev, construída no local de um massacre do Holocausto. Esse bombardeio deixou cinco pessoas mortas.

"Estou falando agora aos judeus do mundo inteiro. Não veem o que está acontecendo? É por isto que é muito importante que os judeus do mundo inteiro não permaneçam em silêncio agora", afirmou.

O presidente da Ucrânia reclamou que, durante a era soviética, as autoridades construíram a torre de televisão e um complexo esportivo em um "local especial da Europa, um lugar de oração e memória".

Na ravina de Babi Yar, foram massacrados 30 mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial. "O nazismo nasce do silêncio. Então saiam e gritem sobre os assassinatos de civis. Gritem sobre os assassinatos de ucranianos", acrescentou Zelensky.

Quase 6 mil soldados da Rússia foram mortos

Segundo o presidente ucraniano, quase 6 mil soldados da Rússia foram mortos nos primeiros seis dias da invasão à Ucrânia. O Kremlin reconhece que teve baixas durante os conflitos, mas não divulga um número exato de quantos militares teriam morrido.

Zelensky ainda disse que o governo russo não seria capaz de tomar seu país com bombas e ataques aéreos.

Cidade de Kherson foi tomada, diz Rússia

As forças do presidente russo, Vladimir Putin, dizem ter tomado o controle da cidade de Kherson, no sul da Ucrânia, perto da península da Crimeia.

"As divisões russas das Forças Armadas tomaram o controle total do centro regional de Kherson", afirmou o porta-voz do ministério da Defesa, Igor Konashenkov. Ontem, o Exército russo já estava instalando pontos de controle na entrada da cidade.

Em mensagem publicada em canal no Telegram, a Administração Regional de Kherson comentou sobre os "tiros e explosões" que foram registrados ao longo da madrugada, mas diz que a cidade foi cercada, não tomada. "Todos vocês sabem que a cidade está completamente cercada pelo inimigo."

  • Veja as últimas informações sobre a guerra na Ucrânia no UOL News com Fabíola Cidral:

Ataques em Zhytomyr e Kharkiv

Um ataque aéreo também foi relatado durante a madrugada na cidade de Zhytomyr. Mísseis de cruzeiro russos danificaram vários edifícios, incluindo um hospital, informou a agência de notícias Unian.

Segundo as autoridades, duas pessoas morreram e dez ficaram feridas. Vídeos compartilhados nas redes sociais mostraram casas em chamas e equipes de resgate.

Zhytomyr fica a cerca de 140 quilômetros a oeste de Kiev. A região da capital também tem registros de residências bombardeadas, segundo o serviço de emergência da Ucrânia.

Em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, o prédio da polícia ficou parcialmente destruído após ser atingido por um foguete disparado pelas tropas de Vladimir Putin.

Um vídeo publicado no Twitter pela Nexta, emissora de TV da Ucrânia, mostra a sede da polícia local em chamas. Segundo relatos, os bombeiros tentam conter o fogo iniciado pelos bombardeios, mas é visível que a construção está bastante danificada.

*Com informações da AFP