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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Rússia lamenta e enaltece militares mortos na Ucrânia: 'Heroísmo'

Colaboração para o UOL, em São Paulo

03/03/2022 10h08Atualizada em 03/03/2022 10h29

A Rússia manifestou hoje "grande tristeza" pelas mortes de soldados russos na Ucrânia ao mesmo tempo em que os enaltecia, classificando os militares como heróis.

Oficialmente, a Rússia contabilizava, até ontem, 498 soldados mortos, além de 1,6 mil feridos, durante o conflito. Já a Ucrânia, por meio do presidente Volodymyr Zelensky, falava em um número maior: 6 mil.

"Todos nós expressamos condolências a parentes e amigos e àqueles que perderam seus maridos e filhos", afirmou o porta-voz da Presidência da Rússia, Dmitry Peskov, a repórteres na manhã de hoje, em registro do canal de TV estadunidenses CNN.

"Ao mesmo tempo, todos nós admiramos o heroísmo dos militares. Seus atos de bravura, é claro, ficarão na história como um feito na luta contra os nazistas", acrescentou.

A fala de "luta contra nazistas" reitera a narrativa do Kremlin, que, desde que ordenou a invasão da Ucrânia, na última quinta-feira (24), adotou a narrativa de que está promovendo uma "operação militar especial" para promover a "desnazificação" do país vizinho.

A narrativa que relaciona a Ucrânia com o nazismo passou a ser adotada por Putin a partir de 2014, quando um governo ucraniano pró-Rússia foi derrubado do poder, a Crimeia foi anexada ao Estado eurasiático e uma guerra entre forças pró-Rússia e pró-Ucrânia se iniciou no leste do país.

Desde que a "operação militar especial" foi iniciada, já são oito dias de conflito para além do leste do país. No momento, forças russas se aproximam de Kiev, que registra explosões provocadas por ataques aéreos, inclusive em uma estação de trem.

No norte do país, uma refinaria de petróleo também foi atingida por um míssil. Já no sul, o prefeito da cidade de Kherson confirmou que soldados russos tomaram o controle da localidade, algo que já era reivindicado por Moscou desde ontem.

Os ataques ocorreram um dia depois da Assembleia-Geral das Nações Unidas ter aprovado uma resolução condenando a invasão da Rússia e pedindo a retirada das forças militares do país. O Brasil votou a favor, Belarus, contra, e a China, decidiu se abster.

E, enquanto a ofensiva de Moscou prossegue, sinais no sentido de buscar uma resolução para o conflito também foram emitidos: a diplomacia do Kremlin reconheceu Zelensky como presidente da Ucrânia, e, hoje, representantes dos países devem se encontrar em Belarus.