Pior agressão militar em quatro décadas, diz Otan sobre situação na Ucrânia
O secretário-geral da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), Jens Stoltenberg, condenou hoje a "irresponsabilidade" da Rússia após o ataque contra a central nuclear de Zaporizhia, na Ucrânia, que sofreu um incêndio durante a noite, e disse que a agressão militar russa é a pior em quatro décadas. A Otan é uma aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
Em uma coletiva na manhã de hoje (horário de Brasília), Stoltenberg disse que os próximos dias "provavelmente serão piores, com mais mortes, sofrimento e destruição". Antes de falar com a imprensa, ele se reuniu com ministros das Relações Exteriores da Otan, em Bruxelas.
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Embora tenha novamente ressaltado seu apoio à Ucrânia e pedido que o presidente russo Vladimir Putin encerre o conflito e participe de esforços diplomáticos, Stoltenberg disse que a Otan não vai se envolver diretamente no conflito, não criará uma zona de exclusão aérea sobre a Ucrânia nem enviará suas tropas para lá.
"Nossa tarefa é manter nossas nações seguras, não somos parte desse conflito, temos que garantir que ele não se espalhe para além da Ucrânia porque isso seria ainda mais devastador e perigoso, e traria mais sofrimento humano", defendeu.
Segundo ele, os aliados da Otan implementaram "sanções sem precedentes" contra a Rússia, mas "a Otan é uma aliança defensiva". "Não buscamos guerra, conflito com a Rússia", continuou ele.
O regime de Vladimir Putin reclama de uma eventual adesão de Kiev à Otan, aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética.
Para Putin, a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia por sua expansão na região. Por isso, o presidente quer uma declaração formal de que a Ucrânia nunca vai se filiar à aliança.
Ucrânia diz que Rússia tomou controle da usina
Autoridades ucranianas afirmaram que forças russas assumiram o controle da usina nuclear, localizada no sudoeste do país. Hoje, a invasão russa ao território ucraniano chega ao nono dia.
O fogo na usina nuclear foi extinto às 6h20 (horário local). Três soldados da Ucrânia morreram durante o conflito e dois ficaram feridos. Nenhum dos reatores foi atingido e não houve liberação de material radioativo.
Há seis reatores na usina nuclear de Zaporizhzhia, mas apenas um deles está operando no momento.
Uma hora após a extinção do incêndio, o chefe da Administração Militar Regional de Zaporizhzhia, Oleksandr Starukh, afirmou que o nível de radiação na região permanece inalterado e não põe em risco a vida e a saúde da população.
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