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Ucrânia acusa Rússia de querer tomar usina de Zaporizhzhia; russos negam

Sinalizador pousa na usina nuclear de Zaporizhzhya durante bombardeio em Enerhodar, Ucrânia - Zaporizhzhya NPP/Zaporizhzhya NPP via REUTERS
Sinalizador pousa na usina nuclear de Zaporizhzhya durante bombardeio em Enerhodar, Ucrânia Imagem: Zaporizhzhya NPP/Zaporizhzhya NPP via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

12/03/2022 20h59Atualizada em 13/03/2022 21h03

Após a Ucrânia afirmar que a Rússia planeja assumir o controle "total e permanente" da usina nuclear de Zaporizhzhia, a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) divulgou um comunicado, neste sábado (12), dizendo que os russos negaram tal possibilidade.

Apesar disso, o país governado por Vladimir Putin mantém, segundo a AIEA, 400 militares na usina, localizada no sudoeste ucraniano, após tomá-la no último dia 4.

Petro Kotin, presidente da Energoatom, companhia que opera as quatro usinas nucleares da Ucrânia, disse à agência que os soldados da Rússia estão "em tempo integral" na usina. De acordo com ele, especialistas russos chegaram à Zaporizhzhia há alguns dias para avaliar a situação da radiação local.

A usina, a maior da Europa, tem seis reatores nucleares. Apesar de a Rússia já ter alegado que controlava Zaporizhzhi, a AIEA disse que foi informada pela Ucrânia que a Energoatom ainda opera a usina. Os russos fazem a gestão do local por meio do comandante das forças de Moscou.

O diretor-geral da Rosatom, Alexey Likhachev, disse à agência que poucos funcionários da companhia estatal russa de energia nuclear estão na usina. Ele negou que controla e tampouco que pretenda controlar Zaporizhzhi.

Ainda segundo a AIEA, a Ucrânia informou que o fornecimento de energia da central nuclear da usina continua regular.

Duas das quatro linhas de energia externa de Zaporizhzhi foram danificadas no ataque russo. A situação está sendo contornada por meio do gerador de energia a diesel, enquanto as linhas não são consertadas.

"O pessoal operacional deve ser capaz de cumprir suas funções de segurança e proteção e ter a capacidade de tomar decisões livres de pressões indevidas", pede do diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi.