Pfizer mantém envio de remédios à Rússia e diz que doará lucros à Ucrânia
A farmacêutica Pfizer anunciou que manterá o envio de remédios à Rússia em meio a sanções de empresas por causa da guerra contra a Ucrânia. Porém, novos ensaios clínicos no país serão suspensos e a receita da subsidiária russa será doada aos ucranianos.
"Estamos anunciando que, com efeito imediato, a Pfizer doará todos os lucros de nossa subsidiária russa para causas que forneçam apoio humanitário direto ao povo da Ucrânia", disse um comunicado da empresa.
A Pfizer ressalta que a interrupção da entrega de medicamentos poderia levar à morte de pacientes. "Acabar com a entrega de medicamentos, incluindo câncer ou terapias cardiovasculares, causaria sofrimento significativo ao paciente e potencial perda de vida, principalmente entre crianças e idosos."
Em entrevista ao portal Yahoo, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que os testes que já estão em andamento continuarão a acontecer. Os pacientes que já estavam inscritos continuarão tomando medicamentos.
A empresa trabalhará com a FDA (Food and Drug Administration, autoridade sanitária dos EUA) e outros reguladores para fazer a transição dos ensaios clínicos em andamento para locais fora da Rússia.
OMS diz que Rússia atacou sistema de saúde mais de 20 vezes
A OMS (Organização Mundial da Saúde) disse no último dia 9 que já registrou 24 ataques ao sistema de saúde da Ucrânia desde que a guerra com a Rússia começou, em 24 de fevereiro. Segundo informações oficiais enviadas pela entidade à CNN, esses ataques causaram ao menos 12 mortes e deixaram 27 pessoas feridas.
Segundo Adhanom, foram atingidos hospitais, ambulâncias e centros de saúde. Nesses ataques, morreram 10 pessoas e outras 16 ficaram feridas.
De acordo com a OMS, os principais problemas de saúde apresentados pelos ucranianos são hipotermia, falta de tratamento para doenças cardiovasculares e câncer, além de problemas relacionados à saúde mental.
Prédios residenciais são atacados em Kiev
A capital da Ucrânia, Kiev, amanheceu nesta terça-feira (15) com bombardeios em prédios. Em um dos ataques, o serviço de emergências da Ucrânia confirmou ao menos duas mortes após um edifício residencial ter sido atingido.
A Prefeitura de Kiev —que receberá a visita de líderes europeus hoje— já determinou 35 horas toque de recolher a partir da noite de hoje, terminando na manhã de quinta-feira (17). "Hoje é um momento difícil e perigoso", disse o prefeito da capital, Vitaliy Klitschko.
Os ataques acontecem no 20º dia da invasão russa ao território ucraniano. Hoje, delegações dos dois países pretendem retomar a reunião iniciada ontem, que teve uma "pausa técnica", segundo Mikhailo Podolyak, assessor da presidência da Ucrânia. Até o momento, não foi anunciada uma previsão de horário.
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