Jornalista ucraniana cita ataque em vila onde cresceu: 'Cadáveres nas ruas'
A jornalista ucraniana Anastasiia Lapatina, do "The Kyiv Independent", lamentou a invasão de militares russos em vila onde cresceu no interior do país e disse que, agora, há somente casa incendiadas e cadáveres nas ruas. A declaração da profissional foi feita em seu perfil, nas redes sociais.
Eu cresci aqui. A casa da minha família está aqui há quase duas décadas. Agora esta vila está ocupada por russos, casas são incendiadas, cadáveres estão nas ruas onde eu costumava andar de skate. Meus três cachorros estão sozinhos em casa. Eu nunca vou perdoar. Anastasiia Lapatina
A guerra completou hoje 23 dias, após Putin enviar, em 24 de fevereiro, dezenas de milhares de soldados para a Ucrânia em um esforço para destruir as capacidades militares do país vizinho. As forças ucranianas montaram uma acirrada resistência e o Ocidente impôs pesadas sanções à Rússia na tentativa de forçá-la a retirar suas tropas da Ucrânia.
A Rússia exige a desmilitarização da Ucrânia, o compromisso de o país não entrar para a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e o reconhecimento da anexação da Crimeia e da soberania do Donbass.
Hoje, os ucranianos registraram novos ataques a regiões residenciais da capital Kiev e a uma área próxima ao aeroporto de Lviv, perto da fronteira com a Polônia.
O Ministério da Defesa da Ucrânia disse que a Rússia tem apelado para "medidas extremas" após perder recursos e pessoal na guerra.
"Eles estão realizando uma mobilização secreta", disse o governo, em comunicado, hoje, citando a atração de "voluntários" e também de "mercenários" da Síria.
Os russos, por sua vez, dizem estar "apertando o cerco" a Mariupol —cidade no sul da Ucrânia que teve 80% de suas residências destruídas e alvo de constantes ataques— com o apoio de separatistas do leste ucraniano.
Mísseis em Lviv
O prefeito de Lviv, Andriy Sadovyi, disse que uma fábrica de reparos de aeronaves que fica perto do aeroporto da cidade foi destruída pelo ataque, mas o terminal não foi atingido. Sadovyi afirmou ainda nas redes sociais que o trabalho na fábrica havia parado antes que os mísseis atingissem o local e não houve relatos de vítimas.
Segundo o Comando Aéreo "Oeste" da Força Aérea da Ucrânia, seis mísseis de cruzeiro foram lançados, "provavelmente, do Mar Negro". "Dois mísseis foram destruídos por mísseis antiaéreos do Comando Aéreo Oeste", diz comunicado do órgão. O Mar Negro está a cerca de 800 quilômetros de Lviv.
Chefe da administração militar regional de Lviv, Maksym Kozytsky disse que uma pessoa ficou ferida no ataque.
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