Russos sequestraram quatro jornalistas ucranianos em Melitopol, diz jornal
Tropas da Rússia teriam sequestrado quatro jornalistas em Melitopol, no sul da Ucrânia, segundo o veículo em que eles trabalham, o MV (Melitopolskie Vedomosti). Uma nota publicada no site do jornal diz que homens armados foram às casas dos jornalistas Yulia Olkhovskaya, Lyubov Chaika, Mikhail Kumok e Yevgenia Boryan e os levaram para um lugar desconhecido. Eles foram soltos ontem, após a repercussão do caso, segundo o Sindicato Nacional de Jornalistas da Ucrânia.
"Com a dominação da propaganda inimiga, que os ocupantes russos estão espalhando desde o momento que chegaram na cidade, era esperado que exercessem pressão sobre nossos jornalistas e empregados. Hoje, isso aconteceu", diz o texto.
O prefeito da cidade, Ivan Fedorov, foi sequestrado e ficou 15 dias detido pelas forças russas, de acordo com autoridades ucranianas. Ele foi libertado na última quarta-feira (16).
Ao menos cinco jornalistas já foram mortos durante o conflito: o franco-irlandês Pierre Zakrzewski, um veterano dos campos de batalha, e a ucraniana Oleksandra Kuvshinova, que trabalhavam para a emissora norte-americana Fox News, o americano Brent Renaud, que já trabalhou para o The New York Times, e os ucranianos Viktor Dudar e Yevhen Sakun.
Na semana passada, o principal diplomata dos Estados Unidos, Anthony Blinken, disse que o país analisa se a Rússia está atacando jornalistas propositalmente.
"Estamos analisando bastante em quem as forças russas estão mirando, inclusive se estão atingindo intencionalmente civis, jornalistas ou quaisquer outras pessoas", disse ele em entrevista à rádio NPR, acrescentando que ataques deliberados a civis e jornalistas é um crime de guerra.
A vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereshchuk, comentou que russos sequestraram três cidadãos israelenses em Melitopol. Pelo Telegram, a ministra informou que os capturados são Tatiana Kumok e seus pais Vera e Mikhail Kumok.
No texto, ela manda um recado ao país, dizendo que Israel "não quer brigar com os russos" e "não apoiam muito as sanções contra Putin". Para ela, "as tentativas dos israelenses de nos reconciliar com os russos são mais como uma tentativa de nos persuadir a nos rendermos honrosamente", mas garantiu que os ucranianos não farão isso.
"Sempre acreditei que os israelenses não precisam ser informados: o que é a guerra, quando bairros residenciais são bombardeados, quando colunas humanitárias são bombardeadas, quando uma carga de água e remédios não é permitida em cidades sitiadas, ou quando civis são sequestrados, como neste caso com a família israelense em Melitopol", escreveu.
"Não deve ser escondido aqui: os judeus ucranianos e outros ucranianos estão desapontados com a posição e o tom de Israel na questão da guerra ucraniana-russa. Estou certo de que o povo israelense está do lado da Ucrânia. Provavelmente, o establishment político israelense ainda tem tempo para ficar do lado certo, porque, muito provavelmente, não será possível ficar no meio", finalizou.
*Com informações da AFP
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