Rússia x Ucrânia: China diz que países não devem escolher lado à força
O embaixador da China nas Nações Unidas, Zhang Jun, reconheceu que o conflito entre Rússia e Ucrânia está cada vez mais tenso, "desencadeando" amplas preocupações internacionais e ressaltou que os outros países não deveriam sentir os impactos da guerra travada há 30 dias.
"Os países não devem adotar uma abordagem simplista de amigos ou inimigos, e não devem forçar nenhum outro a escolher um lado", falou na reunião de hoje das Nações Unidas.
Zhang demonstrou ressentimento pelas sanções impostas pelos Estados Unidos e países europeus contra a Rússia. O embaixador disse que outras nações, especialmente as em desenvolvimento, serão prejudicadas economicamente.
"Os países em desenvolvimento, que constituem a maioria do mundo, não são partes do conflito. Eles não devem ser arrastados para a questão e forçados a sofrer as consequências dos conflitos geopolíticos e da grande rivalidade de poder.
O embaixador defendeu que "a soberania e a integridade territorial de todos os países deveriam ser respeitadas".
EUA conversam com a China
Em coletiva de imprensa hoje, o presidente norte-americano, Joe Biden, revelou mais sobre o conteúdo de sua conversa "muito franca" com Xi Jinping, presidente da China. "Deixei claro, não fiz ameaça, de modo que ele entendesse as consequências se ele oferecesse auxílio [à Rússia]".
Sei que ele sempre fez questão de manter boas relações com os Estados Unidos e a Europa. A China entende que seu futuro econômico está muito mais relacionado ao Ocidente
Joe Biden em coletiva de imprensa
O líder dos Estados Unidos disse que a UE (União Europeia) procura formas de realizar uma plataforma que notifique quando alguém violar as sanções impostas pelos países contra a Rússia, em tentativa de frear a invasão na Ucrânia.
"Fui muito claro e disse que as sanções não iriam parar Putin, o objetivo é aumentar os impactos e a dor [dele]", afirmou Biden.
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