Rússia x Ucrânia: 32º dia de guerra tem recuo de Luhansk e ataque a Lviv
O 32º dia de guerra entre a Rússia e a Ucrânia terminou com o recuo de Luhansk, no leste ucraniano, sobre a possibilidade de realizar um referendo para decidir a anexação pelo país vizinho. Além disso, a Rússia assumiu autoria por um ataque com mísseis de cruzeiro de alta precisão.
No início da manhã, segundo agências russas, o líder dos separatistas de Luhansk, Leonid Pasetchnik, disse que poderia organizar um referendo sobre a anexação por Moscou "em um futuro próximo".
Pouco depois, Pasetchnik fez um esclarecimento e declarou que "não há preparativos no momento" para realizar uma consulta popular sobre o assunto.
Assim como a vizinha Donetsk, Lugansk tem maioria étnica russa e se autoproclamou independente em 2014. A soberania dos dois territórios foi reconhecida pelo presidente da Rússia, Vladimir Putin, pouco antes da invasão à Ucrânia, mas não é aceita pela comunidade internacional.
Ainda hoje, a ONU (Organização das Nações Unidas) afirmou que a guerra já deixou ao menos 1.119 civis mortos e 1.790 feridos desde o início.
Houve também a confirmação de que as delegações russa e ucraniana se reunirão no início desta semana na Turquia para uma nova rodada de negociações presenciais.
Rússia assume ataque com mísseis
Hoje, a Rússia afirmou ter atacado com mísseis de cruzeiro de alta precisão uma fábrica responsável por revisar e modernizar sistemas de mísseis antiaéreos em Lviv, no oeste da Ucrânia.
A cidade também foi alvo de um ataque com armas aéreas de precisão e longo alcance a uma base de armazenamento de combustível que, segundo os russos, fornecia o insumo para as tropas ucranianas.
O Serviço de Emergência da Ucrânia e autoridades ucranianas afirmam que o fogo foi contido, e não há informações sobre feridos ou mortos. Segundo os ucranianos, foram necessárias mais de 12 horas para conter completamente o incêndio.
O Reino Unido avalia que os russos estão com dificuldade de se estabelecer no norte ucraniano. Os ataques, avalia a inteligência britânica, "parecem estar concentrados" no leste do país, principalmente em Kharkiv e Mariupol.
Guerra pode "apagar ser humano da história"
O papa Francisco fez um novo discurso hoje, no qual disse que a guerra "não pode ser algo inevitável" e que as pessoas "não devem se habituar" com conflitos armados.
"Diante do perigo de se autodestruir, a humanidade precisa compreender que chegou a hora de abolir a guerra, de apagá-la da história do ser humano antes que ela apague o ser humano da história", falou.
"Por isso, renovo meu apelo: chega, parem, abaixem as armas e negociem seriamente pela paz", salientou. Além disso, o Papa afirmou que a guerra na Ucrânia é "cruel e insensata" e representa uma "derrota para todos nós".
*Com ANSA e AFP
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