Rússia acusa Ucrânia de não respeitar acordo de trocas de prisioneiros
A Rússia acusou hoje a Ucrânia de não respeitar o acordo firmado entre os dois países para a troca de prisioneiros. Segundo o chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia, o general Mikhail Mizintsev, os ucranianos torturam e praticam violência contra presos de guerra russos, informou a estatal da Rússia Ria Novosti.
"Foi estabelecido de forma confiável que os soldados russos estão sendo submetidos a tortura, violência, bullying, que, com sua falta de humanidade, copia as ações de punidores durante a Guerra Patriótica", afirmou Mizintsev.
A expressão "Guerra Patriótica é a maneira como a antiga URSS (União de Repúblicas Socialistas Soviética) se referia à Segunda Guerra Mundial. Esse costume é mantido pelos russos.
Ainda de acordo com o militar, a comunidade mundial, incluindo a ONU (Organização das Nações Unidas) e a Cruz Vermelha, ignora os fatos flagrantes de maus-tratos.
Mizintsev também diz que os países ocidentais não estão apenas cientes das graves violações do direito internacional humanitário de Kiev contra os militares russos, mas também estão tentando ajudar as autoridades ucranianas a evitar a responsabilidade.
"Isso é evidenciado pelo fato de que, em 1º de abril deste ano, o regime de Kiev notificou o Ministério das Relações Exteriores britânico que não pretendia cumprir a Convenção de Genebra no tratamento de prisioneiros de guerra russos", disse o general.
Tais manipulações em torno de militares russos indicam de forma convincente que as autoridades de muitos estados ocidentais estão se tornando cúmplices dos crimes desumanos dos neonazistas ucranianos. General Mikhail Mizintsev, chefe do Centro de Controle de Defesa Nacional da Rússia
Rússia atacou depósito de combustíveis em Dnipro
A guerra entre Rússia e Ucrânia chegou hoje ao 42º dia com um bombardeio russo a um depósito de combustíveis na cidade de Dnipro, no leste do território ucraniano. O ataque ocorreu ainda durante a madrugada, mas não há registro de mortos ou feridos, segundo autoridades locais.
"Foi uma noite difícil. O inimigo atacou pelo ar e atingiu um depósito de petróleo e uma fábrica. O depósito foi destruído e um incêndio afeta a fábrica", afirmou no Telegram o governador da região de Dnipropetrovsk, Valentin Reznichenko.
Putin diz que mortes de civis são 'provocação'
Na primeira vez que falou sobre as mortes de civis em Bucha, a noroeste de Kiev, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse que elas são uma "provocação grosseira e cínica". A declaração ocorreu após conversa com o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.
Cerca de 20 corpos foram encontrados espalhados nas ruas de Bucha, na semana passada, pelas forças militares ucranianas. Pelo menos um dos cadáveres estava com as mãos amarradas.
As autoridades ucranianas disseram que ainda não sabem a identidade das vítimas ou a causa das mortes. Os rostos dos falecidos tinham aparência cerosa, o que poderia indicar que estavam no local há vários dias.
As vítimas usavam casacos, jaquetas ou suéteres, jeans, tênis ou botas. Dois estavam ao lado de bicicletas e outro perto de um carro abandonado. Alguns estavam de bruços e outros de costas.
EUA 'bloqueia' bancos russos e sanciona filhas de Putin
Em resposta ao que a comunidade internacional está considerando um massacre em Bucha, os Estados Unidos anunciaram mais sanções à Rússia.
Dessa vez, os alvos foram bancos russos, órgãos estatais e as filhas de Putin, Maria Vorontsova e Katerina Tikhonova.
A administração Biden também sancionou a esposa e a filha do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, e membros do Conselho de Segurança russo. Ao todo, os EUA já sancionaram mais de 140 oligarcas e seus familiares e mais de 400 funcionários do governo russo, disse um alto funcionário à CNN.
Os EUA também declararam "bloqueio total" às principais instituições financeiras públicas e privadas da Rússia, Sberbank e Alfa Bank, e informaram que todos os novos investimentos americanos na Rússia estão proibidos.
Reino Unido também sanciona
O Reino Unido também impôs hoje novas sanções contra dois bancos russos e suspendeu as importações de energia russa até o fim do ano.
"Nossa última onda de medidas supõe o fim das importações britânicas de energia russa e mais sanções a empresários, para dizimar a máquina de guerra de [Vladimir] Putin", destaca um comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores e pela chanceler britânica, Liz Truss.
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