Rússia x Ucrânia: 45º dia de invasão tem visita de Boris Johnson a Zelensky
O 45º dia de invasão da Rússia à Ucrânia foi marcado pela visita do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, ao presidente do país, Volodymyr Zelensky, em Kiev. O conflito também teve hoje registros de novos ataques na região leste do país.
Johnson foi o primeiro chefe de Estado ou governo do G7 a viajar até o país desde o início da guerra. O grupo, que países de economias avançadas, é formado por Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão.
O primeiro-ministro do Reino Unido disse que foi a Kiev como "uma demonstração de nosso apoio inabalável ao povo da Ucrânia". Um porta-voz de Johnson comentou que a visita foi "um gesto de solidariedade com o povo ucraniano".
Ucrânia atribui a russos áudio com ordem para abater civis
O governo da Ucrânia atribui a um comandante das tropas russas um áudio interceptado pelo serviço de inteligência alemã com determinações para abater civis em meio à guerra no país invadido. A informação é da CNN Internacional e de veículos de imprensa ucranianos.
"Matem todos!", grita o suposto comandante após ser advertido por soldados sobre a presença de civis nos vilarejos ocupados pelos militares em Bucha, no sudeste ucraniano, uma das regiões mais atingidas pelo conflito.
Um dos soldados avisa sobre a passagem de um carro com duas pessoas dentro quando é orientado a atirar para matar em áudio no idioma russo, com legenda em inglês.
"O que vocês estão esperando, seus desgraçados?", questiona, em áudio atribuído ao comandante russo. "É um vilarejo de civis", responde um dos soldados. O comandante então grita com a tropa: "Atirem nos carros dos civis. Vocês entenderam, seus desgraçados".
Com saída de russos, Kiev começa a reconstruir pontes
O governo de Kiev começou a reconstruir as vias parcialmente destruídas pelas forças russas na capital. O exército da Rússia começou a deixar a região na semana passada, e passou a focar em ataques no leste da Ucrânia.
O chefe da divisão humanitária da Administração Militar Regional de Kiev, Oleksiy Kuleba, disse que neste sábado (9), começou "o processo de reconstrução da infraestrutura" da área, como a "construção de passagens temporárias" ao longo do rio Irpin.
Ele também citou outros pontos, e destacou que a "construção de uma ponte elevadiça perto da aldeia de Romanovka está quase terminando": "foi construída 24 horas por dia, durante 6 dias". Segundo o chefe da divisão humanitária, 55 pessoas trabalharam na obra.
"Levará muito mais tempo para restaurar as pontes que foram destruídas pelos ocupantes. Os preparativos estão em andamento", acrescentou Kuleba. "Há muito trabalho pela frente para revitalizar a região. Mas vamos reconstruir tudo."
'Radiação anormalmente alta' é registrada em Chernobyl
A empresa estatal de energia nuclear da Ucrânia, Energoatom, informou que foi identificada radiação "anormalmente alta" em uma parte da chamada Floresta Vermelha. A região é uma área de exclusão e altamente tóxica de Chernobyl, no norte da Ucrânia.
O local foi usado por soldados russos para cavar trincheiras e construir estruturas de proteção militar. Segundo a estatal, a "taxa de irradiação externa" nos locais de medição foi 10 a 15 vezes maior que o normal, e a radiação interna foi "160 vezes mais que o normal".
"Assim, todos os ocupantes, que foram baseados e cavados na Floresta Vermelha por quase 30 dias, enfrentarão doenças de radiação de vários graus de gravidade", diz o comunicado.
A antiga usina nuclear de Chernobyl foi tomada pelas forças russas no primeiro dia da invasão à Ucrãnia, em 24 de fevereiro. Mas os militares russos se retiraram de Chernobyl no dia 1º de abril, de acordo com a Energoatom.
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