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'Tchutchuca' aparece no New York Times pela 1ª vez por causa de Bolsonaro

Wilker Leão irrita Bolsonaro com críticas; presidente, que foi chamado de "tchutchuca do centrão", puxou youtuber pela gola da camisa - Reprodução de video/G1
Wilker Leão irrita Bolsonaro com críticas; presidente, que foi chamado de 'tchutchuca do centrão', puxou youtuber pela gola da camisa Imagem: Reprodução de video/G1

Do UOL, em São Paulo

26/08/2022 09h35

O jornal New York Times, um dos mais lidos do mundo, incorporou o termo "tchutchuca" a seu vocabulário. A novidade ocorre após um youtuber, na semana passada, ter denominado assim o presidente Jair Bolsonaro (PL) em relação a sua postura com o centrão. A gíria viralizou nas redes e chamou atenção da mídia, mas diversas reportagens internacionais tiveram dificuldades com a tradução.

O monitoramento do vocabulário do jornal é feito por uma página no Twitter chamada New New York Times (Novo [no] New York Times, em tradução livre). Apesar de "tchutchuca" ter sido anunciado como um novo vocábulo do jornal apenas hoje, a matéria publicada é de sábado passado, dois dias depois do incidente entre o presidente e o youtuber Wilker Leão.

Na ocasião, o youtuber filmou o momento em que o presidente o aborda e tenta tirar seu celular após ter sido xingado de "tchutchuca do centrão", entre outras ofensas. Com a repercussão do vídeo, Wilker viu multiplicar seu número de seguidores e juntou-se ao grupo MBL (Movimento Brasil Livre).

A reportagem do NYT precisou contatar uma tradutora para ajudar na missão de transmitir ao leitor internacional o real significado do que Bolsonaro foi chamado. O termo "centrão" também foi contextualizado.

Outras publicações da mídia estrangeira tiveram a mesma dificuldade, como relatou o jornalista Jamil Chade, colunista do UOL: na França, "tchutchuca" foi traduzido para "Putain", palavra para "prostituta". Na Argentina, a tradução foi "cadelinha do centrão".

Não é a primeira vez que o perfil que monitora as matérias do The New York Times registra uma gíria inédita da língua portuguesa. Após a morte da cantora Marília Mendonça, em 2021, o obituário publicado no jornal contou pela primeira vez com o termo "feminejo".