FBI acha documento em casa de Trump sobre defesa militar estrangeira
O FBI (Departamento Federal de Investigação, na tradução livre) encontrou um documento que continha detalhes sobre as defesas militares de um governo estrangeiro, incluindo suas capacidades nucleares, ao revistar no mês passado a casa do ex-presidente americano Donald Trump, em Mar-a-Lago, segundo informação publicada pela "The Washington Post".
Ao todo, o FBI teria recuperado mais de 300 documentos confidenciais: 184 em um conjunto de 15 caixas enviadas à Administração Nacional de Arquivos e Registros em janeiro; outros 38 foram entregues por um advogado de Trump, em junho; e mais de 100 documentos adicionais em 8 de agosto.
Segundo a publicação, que cita como fontes pessoas familiarizadas com o assunto, foi neste último lote cujas as informações sobre as forças militares de um governo estrangeiro estavam. O jornal não conseguiu identificar o país que é citado nos documentos ultrassecretos.
Ao jornal, as assessorias de Trump, do Departamento de Justiça e do FBI não se manifestaram.
Trump está sob investigação por remover registros do governo —alguns dos quais marcados como altamente confidenciais— da Casa Branca depois que ele deixou o cargo em janeiro de 2021 e armazená-los em sua casa de Mar-a-Lago, em Palm Beach.
O Departamento de Justiça também disse que está investigando uma possível obstrução, depois que o FBI descobriu evidências de que a equipe de Trump pode ter ocultado deliberadamente documentos confidenciais quando os agentes tentaram recuperá-los em junho.
Naquela mesma ocasião em 3 de junho, representantes de Trump certificaram falsamente que haviam realizado uma busca diligente e devolvido todos os materiais confidenciais ao governo - uma alegação que mais tarde foi refutada depois que o FBI recuperou cerca de 33 caixas contendo mais de 11.000 registros e fotos do governo e mais de 100 registros marcados como sigilosos.
A equipe jurídica de Trump esperou até duas semanas após a busca do FBI em 8 de agosto antes de pedir ao tribunal que nomeasse um perito especial - um terceiro independente que às vezes é designado em casos delicados para revisar materiais que poderiam ser cobertos pelo sigilo advogado-cliente.
Um perito especial foi usado, por exemplo, para revisar materiais apreendidos nas buscas nas casas e escritórios de dois ex-advogados de Trump - Rudy Giuliani e Michael Cohen.
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