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Bolsonaro parabeniza Liz Truss: 'Compartilhamos o apreço pela liberdade'

O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou em cooperação pela economia e democracia - Ricardo Moraes/Reuters
O presidente Jair Bolsonaro (PL) falou em cooperação pela economia e democracia Imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Do UOL, em São Paulo

06/09/2022 21h03Atualizada em 06/09/2022 21h35

O presidente Jair Bolsonaro (PL) cumprimentou Liz Truss, pela vitória como nova primeira-ministra do Reino Unido, e disse que os dois países compartilham "o apreço pela soberania e pela liberdade". Terceira mulher a ocupar o cargo, aos 47 anos ela irá substituir Boris Johnson, que renunciou no início de julho.

"Nossos povos compartilham o apreço pela soberania e pela liberdade e poderão realizar muito através da cooperação", escreveu no Twitter.

Bolsonaro também disse que ele e o governo brasileiro estão "prontos para trabalhar" com a primeira-ministra e o governo do Reino Unido. O presidente disse esperar fortalecer as relações entre os dois países para a "construção de uma parceira cada vez mais sólida, com destaque para a economia, o comércio e a defesa da democracia".

"Tenha certeza que eu e meu governo estamos prontos para trabalhar com a senhora e com o seu governos no fortalecimento de nossas relações e na construção de uma parceira cada vez mais sólida, com destaque para a economia, o comércio e a defesa da democracia", escreveu no Twitter.

Liz Truss foi escolhida nesta segunda-feira (5) como líder do Partido Conservador em uma disputa com o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak. A ex-secretária de Relações Exteriores do país obteve 81.326 votos, enquanto Sunak conseguiu 60.399.

Posicionamento de Bolsonaro em outras eleições. Neste ano, após críticas de Bolsonaro ao presidente eleito da Colômbia, Gustavo Petro, o Ministério das Relações Exteriores divulgou uma nota parabenizando pela vitória na disputa eleitoral no país.

Na ocasião da reeleição de Emmanuel Macron, na França, o Brasil cumprimentou o político, mas Bolsonaro evitou saudar o francês. O governo brasileiro emitiu uma nota curta cumprimentando Macron pela vitória nas urnas.

Em dezembro do ano passado, o governo de Jair Bolsonaro foi o último entre países vizinhos a felicitar o presidente eleito do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, que derrotou o político de extrema-direita José Antonio Kast, candidato favorito da ala bolsonarista aqui no Brasil. A mensagem do Itamaraty foi publicada quatro dias após a vitória.

Em julho, o presidente Bolsonaro cumprimentou o socialista Pedro Castillo, presidente eleito do Peru, com uma mensagem publicada na conta da Secom (Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República), e não em suas redes sociais, como ele costuma se comunicar.

Nas eleições dos EUA, o presidente brasileiro foi o último líder dos países do G-20 a reconhecer a vitória de Biden nas eleições de 3 de novembro. Bolsonaro parabenizou o democrata em 15 de dezembro, enquanto a maioria dos chefes de Estado se manifestou em 7 de novembro, quando Biden foi declarado vencedor pelas projeções dos veículos de imprensa.

Primeira-ministra tem histórico de falas polêmicas. Liz Truss já deu algumas declarações polêmicas durante a sua trajetória política. Entre as citações controversas, estão afirmações sobre a produtividade dos britânicos, a importação de queijo e a política econômica do país. Também houve declarações sobre os líderes da França, Emmanuel Macron, e da Escócia, Nicola Sturgeon.

Liz Truss agradeceu a Boris Johnson em seu discurso de vitória. A nova líder do Partido Conservador agradeceu ao seu antecessor por conseguir concluir o Brexit — processo de saída do Reino Unido da União Europeia —, por conduzir os britânicos pela pandemia de covid-19 e por "enfrentar Vladimir Putin" — o premiê se colocou como um forte crítico do presidente russo em relação à guerra na Ucrânia.

Liz Truss conhecendo a rainha Elizabeth 2ª, parte do processo para tornar-se, oficialmente, primeira-ministra do Reino Unido - Jane Barlow/Pool via REUTERS - Jane Barlow/Pool via REUTERS
Liz Truss conhecendo a rainha Elizabeth 2ª, parte do processo para tornar-se, oficialmente, primeira-ministra do Reino Unido
Imagem: Jane Barlow/Pool via REUTERS

Boris Johnson enfrentou escândalos até deixar o cargo. Ontem, Johnson fez uma publicação nas redes sociais agradecendo pelos três anos em que esteve à frente do governo britânico. Depois, pediu que o partido apoie "100%" a nova líder.

O agora ex-primeiro-ministro anunciou sua renúncia em julho após uma intensa crise no governo que fez com que mais de 50 membros, entre ministros, secretários e auxiliares, deixassem seus postos alegando "falta de confiança" em sua gestão.