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Furacão Ian pode ser o mais fatal da Flórida, diz Biden; mortos vão a 12

Furacão Ian deixa rastro de destruição na Flórida

Do UOL, em São Paulo

29/09/2022 15h00Atualizada em 29/09/2022 21h37

Pouco mais de 24 horas após o furacão Ian atingir a costa da Flórida em categoria 4 e com ventos acima dos 240 km/h, o governo norte-americano ainda não conseguiu contabilizar quantas pessoas foram vitimadas pelo fenômeno. Até o momento, pelo menos doze mortes foram registradas, mas as autoridades estimam que "centenas" de óbitos podem ser confirmados nas próximas horas.

Em coletiva de imprensa, o presidente Joe Biden afirmou que o fenômeno continua a se mover pelo estado com um grau de destruição intenso.

"Esse pode ser o furacão mais mortal da história da Flórida. Os números ainda são incertos, mas estamos ouvindo relatos preliminares de que pode haver uma perda substancial de vidas", disse.

Biden também afirmou que conversou com o governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, e o parabenizou, assim como aos prefeitos dos condados locais, pelo trabalho na contenção de crise causada pelo fenômeno.

Na madrugada desta quinta-feira, o furacão foi rebaixado para categoria de tempestade tropical, mas há expectativa de que ele volte a se intensificar quando se aproximar do Oceano Atlântico a caminho da costa da Carolina do Sul, onde deve chegar amanhã (30) com força "próxima à de furacão".

O primeiro óbito registrado durante o furacão nos EUA e confirmado na manhã de hoje foi de um homem de 72 anos que se afogou em um canal da cidade de Deltona. Segundo as autoridades, a esposa do homem acionou a polícia após ele sair de casa e desaparecer.et

Em entrevista ao programa "Good Morning America", o xerife do Condado de Lee, Carmine Marceno, afirmou que o número de mortos ainda é incerto, mas, com base em ligações para números de emergências, são muitos. "Eu não tenho os números, mas sei, definitivamente, que as fatalidades estão na casa das centenas", disse. Poucas horas depois, as primeiras cinco mortes foram confirmadas no condado.

Além das mortes em Lee e Deltona, o condado de Charlotte confirmou seis óbitos decorrentes do furacão.

O número deve subir devido à dificuldade dos órgãos de socorro em chegarem aos locais atingidos. "Ainda não conseguimos acessar boa parte das pessoas que precisam de ajuda. Há ondas, pontes comprometidas, é um caminho muito complicado", afirmou.

O prefeito de Fort Myers, Kevin Anderson, afirmou ao canal norte-americano NBC que testemunhou a inundações de lojas sob o condomínio no qual ele mora. Ele lamentou as ocorrências, disse que estava "de coração partido".

Também em Fort Myers, uma fotógrafa do site Bloomberg registrou um barco em cima de um carro ao lado de uma casa destruída após a passagem do furacão. Um veículo do exército norte-americano chegou a ser usado em Kissimmee para salvar uma família ilhada com três cachorros.

Segundo a plataforma Power Outage, 2,53 milhões de pessoas na Flórida estão sem energia no rastro de destruição do furacão.

Mortos em Cuba

Em Cuba, onde o furacão chegou com categoria 3, três mortes foram confirmadas até o momento. Duas delas ocorreram na província de Pinar del Rio.

Em Pinar del Rio, a primeira morte registrada foi de uma mulher esmagada por um muro. A segunda foi de um homem que ficou soterrado após o teto de uma residência cair sobre ele.

O Sistema Nacional de Energia Elétrica afirmou que a energia de Havana foi totalmente desligada para evitar casos de pessoas eletrocutadas, mortes e danos a propriedades até o fim do mau tempo. Segundo a imprensa internacional, porém, há registro de bleacautes não planejados em toda a ilha. A agência Reuters afirmou que na tarde de hoje, parte da eletricidade da ilha de 11 milhões de habitantes tinha sido restaurada.