Peru: Derrotada por Castillo, filha de Fujimori cumprimenta nova presidente
Derrotada nas eleições de 2021 para a Presidência, a líder opositora de direita Keiko Fujimori cumprimentou a nova presidente do Peru, Dina Boluarte. A advogada assumiu a presidência do Peru após a aprovação do impeachment do presidente Pedro Castillo por "incapacidade moral".
"Desejo que a sua gestão seja cumprida no respeito às instituições democráticas, à separação de poderes e ao desenvolvimento do nosso país. Para isso, poderá contar com o apoio e respaldo do Fuerza Popular", escreveu nas redes sociais.
No início da tarde de hoje, Castillo anunciou que iria dissolver o Congresso Nacional e instituiu um "governo de emergência excepcional" a fim de convocar novas eleições e, posteriormente, mudar a Constituição do país.
Keiko também defendeu que "não é hora de ideologias, nem de direita nem de esquerda". A líder da extrema-direita desejou sucesso na "formação de um governo de unidade nacional".
Boluarte é a primeira mulher presidente o país, e a 6ª pessoa a ocupar o cargo desde março de 2018. O mandato terminará em julho de 2026.
Políticos peruanos criticaram postura de Castillo. Mais cedo, a ex-candidata presidencial disse que Castillo "desfere um golpe desesperado" por saber que tinha poucas horas no poder. "O Congresso deve avançar com a vacância e as Forças Armadas devem apoiar a ordem constitucional", escreveu.
O anúncio ocorreu horas antes de Castillo enfrentar uma terceira tentativa de impeachment por parlamentares da oposição em 16 meses. Jornais peruanos chamaram o ato de uma tentativa de golpe de Estado.
O ex-presidente do Peru Martín Vizcarra rechaçou o que chamou de "golpe de estado" e garantiu que os peruanos "não vão permitir esse atentado contra a democracia".
Martín esteve em um escândalo durante seu governo por ter sido vacinado contra a covid-19 antes de a mesma ser aprovada pelas autoridades de saúde locais. Ele admitiu o caso, mas negou ter agido de forma irregular.
Anúncio. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Castillo acusa o Congresso de impedi-lo de governar. O presidente diz que os parlamentares destruíram "o Estado de direito, a democracia, a separação dos Poderes" para "destruir o Executivo e instaurar uma ditadura parlamentar".
"Os adversários políticos mais extremos se unem para fazer o governo fracassar para tomar o poder sem terem ganhado as eleições. Essa situação intolerável não pode continuar", continuou o presidente.
Tomamos a decisão [...] de dissolver temporariamente o Congresso da República e instaurar um governo de emergência excepcional
Pedro Castillo, presidente do Peru
Congresso peruano enfrenta alta impopularidade por conta de escândalos de corrupção. A reprovação do parlamento chega a 86% nas pesquisas.
Castillo, por sua vez, é rejeitado por 70% dos peruanos e também enfrenta acusações de corrupção envolvendo até mesmo seus familiares e políticos aliados.
Até mesmo a vice-presidente do país, Dina Boluarte, enfrentou um pedido de impeachment recentemente, mas uma comissão do Congresso arquivou, nesta segunda-feira (5), a denúncia por uma suposta infração constitucional por falta de evidências.
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