'Caso enigmático': médico brinca após diagnóstico para homem com mão azul
O relato curioso de um médico de Coronel Oviedo, no Paraguai, repercutiu nas redes sociais. Ele contou que atendeu um paciente que chegou ao pronto-socorro com as mãos azuis.
Alejandro Ginzo, 37, trabalha no Hospital San José e recebeu o paciente, um jovem de pouco mais de 30 anos, na terça-feira (14), por volta das 14 horas. A história foi publicada no Twitter, onde já alcançou mais de 130 mil curtidas.
Ao UOL, Ginzo contou que, naquela noite, realizou uma série de exames buscando identificar a causa do fenômeno raro e decidiu deixar o paciente internado em observação.
"Ele fez um check-up de emergência e alguns exames laboratoriais para descartar problemas de coagulação, vírus e infecções", disse o médico. Os batimentos cardíacos do paciente e os sinais vitais eram estáveis.
O médico contou que, no momento, suspeitou de três doenças: acrocianose, uma doença arterial que causa a coloração azul nas mãos; possível doença viral e trombose.
No entanto, o diagnóstico não foi encontrado.
A coloração não melhorou, apesar de ter sinais vitais estáveis e sem indicativos de outras doenças. Mas como foi resolvido este caso enigmático? Qual foi o diagnóstico?
Alejandro Ginzo
Ao conversar com o paciente, Ginzo disse que descobriu de onde vinha a coloração azulada: da calça jeans do jovem.
"Naquela noite, ele me conta que a mulher dele disse que o jeans era novo e que ele deveria ver se poderia ser a tinta que estava em sua mão", afirmou o médico ao UOL.
Foi graças à mulher dele que, na manhã seguinte, logo pela manhã, ele já foi para casa
Alejandro Ginzo
Segundo o médico, o paciente fazia uso constante de álcool em spray e apoiava as mãos na vestimenta. "Tratamento: higienizar as mãos antes de ir para a emergência", brincou ele, na publicação.
A história se repete
Nos comentários no Twitter, várias pessoas se divertiram com a história e compartilharam situações semelhantes.
"Eu já sabia o diagnóstico sem ler tudo porque eu já fui esse paciente. Minha desculpa: eu tinha 12 anos", escreveu uma mulher.
"Há 2 anos, passei 8 horas (sim, 8 horas) em alerta pelo mesmo motivo. Todo tipo de exame e nada. Os médicos nunca souberam que eu tinha comprado um vestido azul que desbotava", comentou outra.
"Diagnóstico: está se tornando um avatar", brincou um terceiro.
Apesar dos relatos, Ginzo contou à reportagem que foi a primeira vez que passou por uma situação assim.
"Eu já vi pacientes com rosto azulado, dedos alongados e pequenos. Mas, nestes casos, eram problemas cardíacos congênitos."
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