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Submersível Titan: Prioridade é recuperar itens no fundo do mar, diz guarda

Do UOL, em São Paulo

25/06/2023 18h02Atualizada em 25/06/2023 20h36

Em entrevista sobre o caso do submersível Titan, a Guarda Costeira dos EUA informou que a prioridade no momento é a "recuperação de itens no fundo do mar" que podem ajudar na investigação.

O que a Guarda Costeira disse

"As operações de salvamento estão em andamento. Os recursos estão no local e são capazes de recuperar os destroços", disse o investigador-chefe, capitão Jason Neubauer, em coletiva de imprensa na tarde deste domingo (25).

A busca para recuperar os detritos da implosão é feita por veículo operado remotamente, que está no fundo do mar, segundo a guarda costeira explicou.

A Guarda Costeira também anunciou que vai investigar a causa e a responsabilidade sobre o acidente — incluindo se deve recomendar sanções criminais ou civis.

A investigação contará com o depoimento de testemunhas, segundo o contra-almirante John Mauger.

As descobertas serão compartilhadas com a Organização Marítima Internacional e outros grupos "para ajudar a melhorar a estrutura de segurança para operações submersíveis em todo o mundo", afirmou Neubauer.

Ele também disse que a Guarda Costeira está em contato com as famílias das vítimas e que estão "tomando todas as precauções no local caso encontremos restos humanos".

O MBI [Junta de Investigação da Marinha] também é responsável pelos aspectos de responsabilização do incidente e pode fazer recomendações às autoridades competentes para buscar sanções civis ou criminais, conforme necessário.
John Mauger

Gravações de voz serão investigadas

Os investigadores vão revisar as gravações do navio que levou o submarino Titan e seus cinco ocupantes até a região dos destroços do Titanic. A informação foi divulgada pela CNN Internacional.

O Canadá abriu mais uma investigação e especialistas do país embarcaram no navio, o Polar Prince, no sábado (24) "para coletar informações do gravador de dados de viagem da embarcação e outros sistemas da embarcação que contêm informações úteis", explicou Kathy Fox, presidente do Conselho de Segurança de Transporte do Canadá.

As comunicações entre o submersível e o navio também serão examinadas pelas autoridades que investigam o desastre. O navio tinha comunicação com o submersível por mensagens de texto e deveria fazer isso a cada 15 minutos, de acordo com o site arquivado da OceanGate Expeditions.

Cinco pessoas morreram

As cinco pessoas que participavam da expedição até os destroços do Titanic morreram. São eles: um bilionário, um especialista em Titanic, um empresário e seu filho, além do CEO da OceanGate.

A Guarda Costeira encontrou cinco grandes partes do submersível. "Nos disseram que esses eram os destroços do Titan [o submersível]. Primeiro, encontramos a ponteira sem o casco pressurizado. Essa foi a primeira indicação de que houve um evento catastrófico."

Também foram achados destroços do submersível a 3,2 km de profundidade e a cerca de 480 metros do Titanic.