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Guerra da Rússia-Ucrânia

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Líder do Wagner quis sequestrar ministro e general da Rússia, diz jornal

Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner - REUTERS/Yulia Morozova
Yevgeny Prigozhin, líder do grupo Wagner Imagem: REUTERS/Yulia Morozova

Do UOL, em São Paulo

28/06/2023 12h47

O líder do grupo Wagner, Yevgeny Prighozin, planejou sequestrar duas autoridades do alto escalão da Rússia durante o motim armado no país no último sábado (24). A informação é do jornal Wall Street Journal.

O que aconteceu?

Os alvos do chefe do grupo mercenário eram o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e o general Valery Gerasimov. Segundo o jornal americano, eles seriam capturados enquanto faziam uma visita à região de fronteira com a Ucrânia.

A inteligência russa, no entanto, soube do plano dois dias antes da execução. Por isso, o Wall Street Journal diz que Prighozin foi obrigado a cancelar as capturas minutos antes de elas serem colocadas em prática.

Autoridades russas disseram à CNN que "não está claro" quanto os militares russos sabiam dos planos do grupo Wagner. "Ainda há muita neblina. O tempo vai dizer exatamente quais eram os motivos dele [Prighozin]", afirmou uma dessas fontes.

Como foi a ofensiva do grupo Wagner

Na sexta-feira (23), Prigozhin iniciou uma ofensiva a partir da cidade de Rostov-do-Don, área importante para os esforços de guerra russos na Ucrânia.

Após acusar os militares russos de bombardearem seus homens, tomou instalações militares russas na cidade e disse ter abatido um helicóptero das forças regulares russas.

A partir daí, avançou pela rodovia M-4, que liga o sul da Rússia a Moscou. Foram registrados combates em cidades como Pavlovsk e Voronezh, onde um depósito de petróleo explodiu.

Motim terminou com acordo

A ofensiva do Grupo Wagner foi interrompida após o governo de Belarus mediar um acordo entre os mercenários e a Rússia.

O acordo prevê que os mercenários que participaram da ofensiva em território russo sejam anistiados.

O mesmo vale para Prigozhin, que deve se exilar em Belarus. Segundo a rede de TV americana CNN, ele deixou o quartel-general de Rostov-do-Don na carroceria de uma caminhonete na noite deste sábado.

Os mercenários — parte deles presidiários contratados em troca de remissão de suas penas — que desejarem serão admitidos no Exército russo.