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Termo da OceanGate: Submersível atingiu profundidade do Titanic só 13 vezes

Submersível Titan operado pela OceanGate Expeditions - OceanGate Expeditions/Handout via REUTERS
Submersível Titan operado pela OceanGate Expeditions Imagem: OceanGate Expeditions/Handout via REUTERS

Do UOL, em São Paulo

09/07/2023 21h40Atualizada em 09/07/2023 21h47

Um termo que os passageiros da OceanGate, empresa responsável pelo Titan, assinavam descrevia que o submersível atingiu a profundidade dos destroços do Titanic apenas em 13 dos seus 90 mergulhos.

O que aconteceu:

O termo de responsabilidade foi assinado um por suposto passageiro e analisado pelo site Insider.

O documento de quatro páginas apontava uma taxa de sucesso de cerca de 14% em seus mergulhos nas profundezas do Titanic, localizado a cerca de 3.800 metros de profundidade.

No site, a empresa, ainda segundo a Insider, diz que completou mais de 14 expedições e 200 mergulhos nos oceanos Pacífico, Atlântico e Golfo do México com dois submersíveis.

O termo de responsabilidade da OceanGate também se referiu ao submersível como "experimental" por três vezes no documento analisado pelo Insider e apontava que ele foi "construído com materiais que não foram amplamente utilizados para submersíveis tripulados".

O texto ainda citava a palavra "morte" três vezes apenas na primeira página e mencionava diversas formas que os passageiros poderiam morrer durante a viagem. Os exemplos de morte incluíram estar sujeito a "pressão extrema" ou qualquer outra falha do submarino, condições "imprevisíveis", como oceânicas ou atmosféricas, entre outros.

Os passageiros que assinavam o documento abriam mão do direito de entrar com uma ação legal por danos ou "qualquer outra perda" contra a OceanGate. Procurada pelo Insider, a empresa se negou a comentar os casos.

Empresa dona do submersível suspendeu atividades

O anúncio da suspensão das atividades da OceanGate foi feito na quinta-feira (6). A companhia não explicou o motivo da suspensão.

Neste domingo (9), porém, a companhia ainda anuncia em seu site uma expedição no arquipélago de Açores, em Portugal, previsto para maio de 2024.

Entenda o caso

O submersível, apelidado de "Titan", submergiu no dia 18 de junho. Os turistas queriam ver os destroços do Titanic, localizado no Atlântico Norte.

O barco de apoio na superfície, o quebra-gelo Polar Prince, perdeu contato com ele cerca de uma hora e 45 minutos mais tarde, segundo a Guarda Costeira dos EUA.

Um piloto e quatro passageiros faziam parte da expedição. São eles: Stockton Rush, presidente da OceanGate; o bilionário Hamish Harding; Shahzada e Suleman Dawood, um empresário paquistanês e seu filho; e Paul-Henry Nargeolet, ex-comandante da Marinha Francesa e considerado um dos maiores especialistas do naufrágio do Titanic.

O submersível foi dado como desaparecido a cerca de 700 quilômetros ao sul de São João da Terra Nova, capital da província canadense de Terra Nova e Labrador, segundo as autoridades canadenses, na área onde ocorreu o naufrágio do Titanic, em 1912.