McDonald's cria unidade de investigação para apurar assédios no Reino Unido
O McDonald's no Reino Unido criou uma unidade de investigações após funcionários atuais e antigos alegarem assédio sexual e bullying em algumas filiais.
O que aconteceu:
Funcionários de restaurantes da rede de fast food McDonald's relataram mais de 100 casos de assédio sexual e bullying.
Alistair Macrow, CEO do McDonald's no Reino Unido e Irlanda, disse ter ficado chocado com as alegações e reconheceu falhas na empresa, informou o jornal britânico The Guardian.
Trabalhadores adolescentes teriam sido agredidos sexualmente ou maltratados em algumas filiais da rede, segundo apurou a BBC.
Além do assédio sexual, houve também alegações de racismo e homofobia.
Uma unidade de investigação foi criada para encaminhar casos graves a uma equipe legal externa especializada.
Especialistas externos serão nomeados para garantir processos de proteção consistentes e de alto nível na empresa, explicou Macrow.
Falhas foram apontadas na maneira como as reclamações dos funcionários foram tratadas por gerentes seniores.
Uma "conversa em toda a empresa" será promovida para incentivar uma cultura de denúncia e apoio.
Por intermédio do CEO, o McDonald's do Reino Unido pediu desculpas e elogiou a coragem dos que se manifestaram.
As alegações provocaram indignação em Westminster e pedidos para rescisão de acordos com franqueados que não cumprem a lei trabalhista.
Em fevereiro, o McDonald's concordou em melhorar sua abordagem ao assédio sexual após acordo com a Equality and Human Rights Commission.
Em 2019, o sindicato Bakers Food and Allied Workers entrevistou 1.000 mulheres que relataram assédio sexual e abuso enquanto trabalhavam na rede.
"Claramente falhamos em algumas áreas críticas e estou determinado a erradicar qualquer comportamento ou conduta que esteja abaixo dos altos padrões de respeito, segurança e inclusão que exigimos de todos no McDonald's, conforme detalhado em nossos padrões globais de marca
Alistair Macrow, CEO da McDonald's
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