Conteúdo publicado há 8 meses

Combates continuam na fronteira de Gaza, diz Força de Defesa de Israel

O contra-almirante Daniel Hagari, principal porta-voz da FDI (Força de Defesa Israelense), disse na madrugada de hoje - no Brasil, manhã em Israel - que ainda existem ao menos seis locais de combates ativos perto da fronteira com a Faixa de Gaza. O conflito começou no sábado (7), e já soma mais de mil mortos.

O que acontece:

Os conflitos entre tropas de Israel e o grupo extremista Hamas continuam nas cidades de Be'eri, Kfar Aza, Nirim e Alumim, afirma o porta-voz da FDI. Alguns dos terroristas estão em Israel desde o ataque preliminar de sábado, enquanto outros cruzaram a fronteira nos últimos dois dias.

Cerca de 70 terroristas infiltraram-se em Be'eri. A maioria deles foi morta em batalha, mas outros ainda estão escondidos em casas no kibutz (pequena comunidade com base em trabalho agrícola ou agroindustrial) nas proximidades. Declarou Hagari ao The Times of Israel.

Em Kfar Aza, sete terroristas foram identificados na cidade, e a entrada de um túnel, que segundo o militar seria usado pelos extremistas, também foi encontrada.

Mais de 500 alvos foram atingidos nos ataques, incluindo oito salas de guerra do Hamas e da Jihad Islâmica Palestina, vários arranha-céus que abrigam ativos do Hamas, uma mesquita que abriga ativos do Hamas e três túneis na área de Beit Hanoun, no norte de Gaza. Ainda de acordo com o militar israelense.

Seis terroristas foram identificados perto do Kibutz Nirim e quatro em Alumim. Hagari disse ainda que estão recrutando centenas de milhares de reservistas.

Os combates entre tropas israelenses e os terroristas do Hamas estão em andamento dentro de Israel, afirmou o porta-voz do Exército Richard Hecht aos repórteres locais.

Achávamos que até ontem (8) teríamos controle total. Espero que consigamos até o final do dia. Ainda estamos lutando. Há locais ao redor de Gaza onde ainda temos guerreiros lutando contra terroristas Richard Hecht, porta-voz do Exército de Israel

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Em Sderot, relatos da mídia local indicam várias vítimas em tiroteio. Não há confirmação de reféns. Os noticiários falam que agentes israelenses se envolvem em uma forte troca de tiros com terroristas do Hamas. Segundo informações preliminares, há vítimas israelenses e que os terroristas foram mortos.

A Força de Defesa de Israel estima que 425 terroristas palestinos foram mortos até agora na Faixa de Gaza, e centenas de outros em território israelense, além de ter atingido pelo menos 1.148 alvos em ataques desde sábado.

Um porta-voz do Hamas afirmou neste domingo (8) que o grupo extremista ainda atua em várias partes de Israel após os ataques. A declaração contradiz o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que divulgou ontem que o Exército do país destruiu a "maior parte" das forças inimigas que penetrou no território israelense.

Israel põe 100 mil soldados perto de Gaza; mortos passam de mil

O último balanço divulgado por Israel é de mais de 700 mortos no país. A informação é do jornal israelense The Times of Israel e da Reuters. Na Faixa de Gaza, autoridades locais falam em ao menos 413 civis mortos, incluindo 20 crianças. Segundo os porta-vozes dos dois lados, esses números ainda devem subir.

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Um porta-voz dos militares israelenses, Jonathan Conricus, disse que o país reuniu 100 mil soldados da reserva perto de Gaza para o conflito. Atualmente, os soldados estão no sul de Israel. "O nosso trabalho é garantir que, no final desta guerra, o Hamas não terá mais qualquer capacidade militar para ameaçar os civis israelitas", disse ele, segundo a rede de televisão Al Jazeera.

De acordo com o porta-voz, as tropas de Israel buscam os últimos combatentes do Hamas que se infiltraram no sul de Israel. Na noite de sábado, o primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel destruiu a "maior parte" dos "inimigos" que invadiu Israel. Porém, no domingo (8), um porta-voz do Hamas afirmou que o grupo extremista ainda atua em várias partes de Israel.

Enquanto isso, um alto funcionário do Hamas disse que o grupo mantém mais de cem pessoas em cativeiro —ainda não se sabe o número exato de pessoas sequestradas pelos extremistas durante o ataque. Segundo Mousa Abu Marzouk, oficiais israelenses do alto escalão estão entre os sequestrados (que também incluem idosos, crianças e mulheres). O número se soma a mais de 30 pessoas supostamente detidas pelo grupo Jihad Islâmica Palestina.

"Todo cidadão israelense conhece alguém que foi morto, sequestrado ou está desaparecido", disse a socióloga pernambucana Janine Ayala Melo à GloboNews. Ela atua no Batalhão de Infantaria de Reservistas do Exército de Israel. "A mãe de um amigo meu foi assassinada ontem [sábado] na casa dela. Os avós de um amigo meu estão desaparecidos, um deles com Alzheimer. Uma conhecida minha, que estudou comigo, está desaparecida."

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