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Novos ataques de Israel deixam ao menos 51 mortos, diz ministério palestino

Homem transporta um bebê palestino ferido para o hospital Al-Shifa na cidade de Gaza após um ataque aéreo israelense Imagem: 12.Out.23 - MOHAMMED ABED/AFP

Robson Santos

Do UOL, em São Paulo

12/10/2023 01h16Atualizada em 12/10/2023 08h24

Pelo menos 51 palestinos foram mortos e 281 ficaram feridos na madrugada de hoje no Brasil (manhã no horário de Israel) depois de novos ataques aéreos de Israel. A informação foi confirmada pelo Ministério da Saúde de Gaza.

O que aconteceu

Israel afirma que tem como alvo o Hamas em resposta ao ataque deste último no fim de semana, além de ter como objetivo eliminar completamente o grupo terrorista.

Ao menos duas pessoas ficaram gravemente feridas no último ataque com foguetes da Faixa de Gaza à cidade de Sderot, no sul. O serviço de resgate local disse que seus médicos estão levando uma mulher de 20 anos e um homem de 30 anos para o hospital Barzilai em Ashkelon, depois que os dois foram gravemente feridos por estilhaços de foguete.

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, se uniu à oposição para formar um governo de emergência enquanto durar a guerra contra o Hamas. A decisão foi tomada enquanto o exército israelense concentra milhares de soldados perto da fronteira com a Faixa de Gaza, mas uma eventual invasão ao território palestino ainda é incerta.

Israel segue em "cerco total" à Faixa de Gaza no sexto dia de guerra. Além de reunir milhares de militares perto da fronteira, o governo mantém o corte de água, luz e comida ao território palestino e informou ter bombardeado mais de 270 alvos nesta quarta-feira (11).

Segundo autoridades dos dois lados, cerca de 2.400 pessoas morreram na guerra até o momento. O Ministério da Saúde da Palestina fala em 1.200 mortos em Gaza, enquanto Israel cita mais de 1.200 vítimas.

Na última terça (10), Israel afirmou ter encontrado 1.500 corpos de membros do Hamas, mas não deu detalhes. Os cadáveres, segundo o governo israelense, estavam no sul do país.

Novos conflitos foram registrados na fronteira com o Líbano, ao norte de Israel, nesta quarta. Militares isarelenses trocaram tiros com integrantes do Hezbollah. O grupo, alinhado ao Hamas, reivindicou o lançamento de mísseis contra Israel.

Gaza tem 263 mil desabrigados, diz ONU

A ONU afirma que os bombardeios israelenses danificaram 12.600 prédios e deixaram 263 mil palestinos sem casa. Brasileiros no país relatam que a situação é cada vez mais dramática, porque as fronteiras seguem fechadas e itens como água e comida estão acabando.

Em reunião nesta quarta, a Liga Árabe pediu o fim dos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza. O grupo, composto de 22 países da região, diverge sobre condenar ou não os ataques do Hamas, mas apoia a causa palestina.

O presidente Lula (PT) publicou um apelo por um cessar-fogo. Em comunicado no Twitter, Lula defendeu que países se unam para enviar recursos a Gaza e pediu que o Hamas liberte os reféns israelenses, especialmente crianças.

O papa Francisco também pediu a libertação dos reféns e ainda afirmou que Israel tem direito à defesa. "É direito daqueles que são atacados se defenderem, mas estou muito preocupado com o cerco total em que os palestinos vivem em Gaza, onde também houve muitas vítimas inocentes", declarou.

Países europeus têm restringido manifestações a favor da Palestina. Berlim, capital da Alemanha, proibiu um ato de apoio à causa palestina marcado para esta quarta, enquanto a França anunciou ter prendido 20 pessoas por atos antissemitas.

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