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Líderes saudita e iraniano conversam sobre guerra entre Israel e Hamas

O governante da Arábia Saudita e o presidente do Irã conversaram por telefone sobre a guerra entre Israel e o Hamas. A Liga Árabe pediu o fim dos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza. O grupo, composto de 22 países da região, diverge sobre condenar ou não os ataques do Hamas, mas apoia a causa palestina.

O que aconteceu

O príncipe herdeiro saudita, Mohammed bin Salman, recebeu um telefonema do governante do Irã, Ebrahim Raisi, no qual os dois discutiram "a situação militar em Gaza e arredores", informou a agência de notícias saudita SPA.

O príncipe Mohammed disse a Raisi que "se comunica com todas as partes internacionais e regionais para deter a atual escalada". Ele também destacou "a posição firme do reino de apoio à causa palestina".

A agência estatal iraniana Irna também informou sobre o telefonema, apontando que os dois líderes discutiram "a necessidade de acabar com os crimes de guerra".

Desde a terça-feira (10), notícias de que o Hamas teria matado 40 bebês, inclusive decapitados, têm circulado nas redes sociais e em veículos de imprensa de todo o mundo. A origem da informação é de uma TV israelense e foi negada pelo Hamas.

Exército israelense não confirma história de 40 bebês decapitados. Em comunicados oficiais, as Forças de Defesa de Israel não citam — nem confirmam, nem desmentem — que 40 bebês teriam sido decapitados.

Ao UOL Confere, a assessoria de comunicação do Exército israelense disse apenas que "não pode confirmar nenhum número". E que "o que aconteceu em Kibbutz 'Kfar Azza' é um massacre em que mulheres, crianças e idosos foram brutalmente assassinados, segundo o modo de ação do Estado Islâmico. Estamos cientes dos atos hediondos de que o Hamas é capaz" (em tradução livre).

Conflitos foram registrados na fronteira com o Líbano, ao norte de Israel, nesta quarta. Militares isarelenses trocaram tiros com integrantes do Hezbollah. O grupo, alinhado ao Hamas, reivindicou o lançamento de mísseis contra Israel.

A Liga dos 22 países árabes realiza uma reunião de emergência nesta quarta-feira (11) para tratar do conflito entre o Hamas e Israel. A situação dos palestinos na Faixa de Gaza provoca fortes reações no mundo árabe, por vezes discordantes entre os governos e as suas populações nas ruas.

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Mundo pede paz

O presidente Lula (PT) publicou um apelo por um cessar-fogo. Em comunicado no Twitter, Lula defendeu que países se unam para enviar recursos a Gaza e pediu que o Hamas liberte os reféns israelenses, especialmente crianças.

O papa Francisco também pediu a libertação dos reféns e ainda afirmou que Israel tem direito à defesa. "É direito daqueles que são atacados se defenderem, mas estou muito preocupado com o cerco total em que os palestinos vivem em Gaza, onde também houve muitas vítimas inocentes", declarou.

Países europeus têm restringido manifestações a favor da Palestina. Berlim, capital da Alemanha, proibiu um ato de apoio à causa palestina marcado para esta quarta, enquanto a França anunciou ter prendido 20 pessoas por atos antissemitas.

Com informações de AFP.

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