Israel em guerra hoje (16/10): Veja últimas notícias e vídeos do conflito

Nesta segunda-feira (16), a guerra em Israel chega ao seu décimo dia, marcado pela expectativa da retirada de estrangeiros da região da Faixa de Gaza, incluindo brasileiros. Nos Estados Unidos, a fala do presidente Joe Biden contra o Hamas repercutiu internacionalmente.

Segundo dados divulgados pelo porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Daniel Hagari, 199 pessoas são mantidas reféns pelo Hamas, número maior que a primeira estimativa, 155 pessoas. A atualização feita pela embaixada brasileira em Tel Aviv afirmou que não há brasileiros incluídos neste número.

O conflito entre Israel e Hamas já causou mais de 4 mil mortes, de acordo com informações oficiais divulgadas pelas autoridades dos dois lados. O número de mortos em Gaza continua aumentando devido aos bombardeios israelenses. O Ministério da Saúde da Palestina relatou 2.700 mortes até a manhã de hoje. Já Israel contabiliza mais de 1.400 mortos nos ataques do Hamas da semana passada, e fala ter encontrado 1.500 corpos de membros do grupo extremista em seu território.

Expectativa por 'corredor humanitário'

Um dos principais pontos discutidos internacionalmente é a negociação para que uma passagem entre a Faixa de Gaza e o Egito possa ser aberta aos palestinos e aos estrangeiros, incluindo um grupo com 28 brasileiros. Ao UOL pela manhã, diplomatas do Brasil reafirmaram que a passagem continuava fechada.

De acordo com uma reportagem da Reuters, um acordo entre EUA, Egito e Israel teria sido fechado depois da visita do secretário de estado norte-americano, Antony Blinken, ao Cairo. A fronteira seria aberta para a entrada de ajuda humanitária em Gaza, o que não aconteceu. Inclusive, a região citada na discussão foi alvo de ataques na manhã de hoje.

O Ministro de Relações Exteriores do Egito, Sameh Shoukry, culpou Israel pelo fechamento da fronteira em Rafah, afirmando que o governo israelense "deve cumprir os passos necessários". Um dos representantes do Hamas declarou à agência Reuters que a notícia de um acordo de abertura da fronteira não seria verdadeira.

Força-tarefa pelo resgate de brasileiros

Tanto o embaixador brasileiro no Egito quanto em Ramallah informaram ao UOL que os cidadãos brasileiros ainda não foram retirados de sua base na Faixa de Gaza. O presidente Lula tem feito ligações para líderes da região, pedindo que permitam que o grupo saia da área.

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O grupo de pessoas prontas para a evacuação da Faixa de Gaza reúne 28 brasileiros e imigrantes palestinos. Ao todo, são 14 crianças, 8 mulheres e 6 homens adultos. Desses, 10 encontram-se em Rafah, e 18 em Khan Younes, um pouco mais ao norte. São 22 cidadãos brasileiros, 3 imigrantes palestinos e 3 palestinos com residência no Brasil, segundo a última atualização. Até o momento, o Brasil já repatriou 916 pessoas de Israel.

O Itamaraty confirmou a morte de três pessoas nascidas no Brasil e do filho de um brasileiro. São eles: o gaúcho Ranani Glazer, de 24 anos, as cariocas Bruna Valeanu e Karla Stelzer Mendes, de 24 e 42 anos, respectivamente. O israelense Gavriel Yishay Barel, 22, também foi encontrado morto após o ataque do Hamas na mesma rave em que estavam as outras três vítimas. Ele é filho do brasileiro Jayro Varella Filho.

Uma brasileira segue desaparecida. Celeste Fishbein, de 18 anos, estava na casa do namorado em um kibutz, tipo de comunidade agrícola, nas proximidades da Faixa de Gaza, no momento do ataque.

Joe Biden pede 'total eliminação' do Hamas

Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, afirmou que a ocupação da Faixa de Gaza por Israel seria um grande erro e defendeu a criação de um Estado Palestino. Ele também afirmou que o Hamas deve ser extinto, mas que Israel deve agir conforme as regras de guerra e não privar os palestinos de mantimentos essenciais.

Biden culpou o Hamas pela situação crítica de Gaza e afirmou que o grupo extremista precisa ser eliminado pelo exército de Israel, porém, ponderou que a ocupação de Gaza pelas forças israelenses seria um erro.

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"Veja, o que aconteceu em Gaza, na minha opinião, é de responsabilidade do Hamas. Os elementos extremistas não representam a totalidade do povo palestino. E penso que seria um erro que Israel ocupasse Gaza novamente", Joe Biden.

O embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan, respondeu ao aviso do presidente dos EUA dizendo que "que não há interesse" em governar os palestinianos. "Obrigado, presidente Biden, por reconhecer o que Israel tem dito desde que ocorreu o bárbaro massacre do Hamas: o objetivo de Israel é a eliminação total das capacidades do Hamas", afirmou.

Confira os vídeos mais recentes sobre o conflito:

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