Irã defende adoção de sanções e embargo a petróleo contra Israel
O Ministério das Relações Exteriores do Irã defendeu que países islâmicos imponham sanções, incluindo um embargo de petróleo, contra Israel. A defesa aconteceu após o bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza.
O que aconteceu
O Ministério das Relações Exteriores do Irã divulgou um comunicado no qual pede sanções de países islâmicos contra Israel. O Irã defende inclusive um embargo de petróleo imediato e completo.
A proposta do Irã será debatida ao longo dos próximos dias pela OCI (Organização para a Cooperação Islâmica). A organização realiza uma reunião de emergência para discutir os ataques à Faixa de Gaza.
No X, antigo Twitter, o ministro Hossein Amir Abdollahian defendeu uma unidade global da humanidade contra Israel. Segundo ele, o "regime sionista", é um "falso regime mais odiado que o ISIS [Estado Islâmico na sigla em inglês]. "O tempo acabou", conclamou.
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-- H.Amirabdollahian ?????????????? (@Amirabdolahian) October 17, 2023
!Time is OVER
Ontem, Abdollahian relatou que também estava na pauta da reunião da OCI o envio de ajuda humanitária e o deslocamento forçado dos residentes de Gaza. O país defende ainda que seja formado um time de advogados para documentar crimes de guerra cometidos por Israel.
O Irã não tem relações diplomáticas com Israel.
Bombardeio a hospital
O posicionamento do Irã vem após o bombardeio de um hospital na Faixa de Gaza. Ao menos 500 pessoas morreram no ataque ao Hospital Batista Al-Ahly Arab, que fica no centro da Cidade de Gaza.
O Hamas acusou Israel e chamou o ato de genocídio. Israel, por sua vez, negou ser o autor do ataque e responsabiliza o grupo Jihad Islâmica. O grupo chamou a acusação de "mentira" e disse que Israel tenta "encobrir o massacre que cometeram contra civis".
Um médico que atua em Gaza afirmou que as pessoas foram ao hospital por considerarem o local como seguro frente os ataques da última semana à região.
Atacar deliberadamente hospitais é considerado um crime de guerra, segundo o Estatuto de Roma. "Conduzir intencionalmente ataques contra edifícios dedicados à religião, educação, arte, ciência ou fins de caridade, monumentos históricos, hospitais e locais onde os doentes e feridos são recolhidos, desde que não sejam objetivos militares", diz o Artigo 8 do Estatuto.
*Com informações da Reuters.
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