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EUA acusam grupo brasileiro Nova Resistência de fake news pró-Rússia

O Departamento de Estado dos EUA divulgou um documento acusando o movimento brasileiro Nova Resistência de propagar desinformação pró-Rússia.

O que aconteceu

O grupo foi citado em um documento do Departamento de Estado dos EUA, em que o governo norte-americano acusa integrantes de "terem conexões profundas com entidades e indivíduos no ecossistema de desinformação e propaganda russo". O órgão publicou hoje um documento de 28 páginas sobre o Nova Resistência.

Segundo o governo dos EUA, o "Nova Resistência publica regularmente desinformação pró-Kremlin e tentou recrutar brasileiros para lutar contra a Ucrânia, na atual guerra entre os países.

O órgão ainda diz que o chefe do grupo, Raphael Machado, promove narrativas antissemitas, antissionistas, anti-Ucrânia e a favor do ex-presidente sírio Bashar al-Assad. Na página da organização, anúncios glorificam Getúlio Vargas, Enéas Carneiro e Bashar al-Assad.

O Departamento de Estado dos EUA conclui dizendo que a atuação do grupo é "causa de preocupação e motivo para pesquisa adicional".

O Nova Resistência publicou uma nota em que diz se considerar uma ameaça aos interesses dos EUA na América Latina e que não estão surpresos com o documento. Eles também negam ser financiados por qualquer governo e afirmam que atuam "na conformidade do ordenamento jurídico brasileiro, sendo uma organização comprometida com o fortalecimento e aprofundamento da democracia em nosso país, em uma linha soberanista e popular".

Nova Resistência

Em seu site, o grupo se denomina "uma organização política de orientação nacional-revolucionária, dissidente, comunitarista, patriótica e popular que se inspira no projeto de uma Quarta Teoria Política e no Pensamento Nacionalista brasileiro e ibero-americano".

Membros da Nova Resistência seguem a ideologia do escritor russo Aleksandr Dugin, que criou o que se chama de "Quarta Teoria Política", ideologia que visa unir a extrema direita e a extrema esquerda mundial para destruir o liberalismo e os EUA, vistos como "um país de mal absoluto".

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