Dia 16 da guerra: Caminhões levam ajuda a Gaza e Israel intensifica ataques
No 16º dia da guerra, um novo comboio de ajuda humanitária foi autorizado a entrar em Gaza. Também foi registrado um bombardeio que deixou 50 palestinos mortos horas após Israel ordenar a evacuação de mais 14 comunidades no norte do país.
O que aconteceu
Um segundo comboio de ajuda humanitária entrou em Gaza neste domingo. Foi liberada a entrada de 17 caminhões por Rafah, cidade egípcia na fronteira.
Mais de 100 caminhões ainda aguardam autorização para levar alimentos, água, medicamentos e combustível aos palestinos, que estão sob cerco de Israel desde o ataque do Hamas em 7 de outubro.
Também foi registrado um ataque em Gaza, que deixou 50 mortos e centenas de feridos, segundo autoridades palestinas. Desde o início do conflito, a Palestina diz que 4.651 morreram. Em Israel, o governo fala em 1.400 pessoas mortas.
A nova ofensiva de Israel ocorreu horas depois de Israel ter ordenou a evacuação de várias comunidades. São elas: Snir, Dan, Beit Hillel, She'ar Yashuv, Hagoshrim, Liman, Matzuva, Eylon, Goren, Gornot HaGalil, Even Menachem, Sasa, Tziv'on e Ramot Naftali.
As comunidades descritas na declaração ficam perto do Líbano e da Síria. A expansão do plano de evacuação foi aprovada pelo ministro da Defesa, Yoav Gallant, segundo o comunicado do Ministério da Defesa de Israel.
Um ataque a aeroportos da Síria também foi registrado hoje. Segundo uma fonte do governo, Israel está preocupado com a possibilidade do Irã estar usando os aeroportos da Síria para movimentar recursos militares.
Israel anunciou que vai intensificar os ataques aéreos na Faixa de Gaza como preparação para a próxima fase de sua ofensiva contra o Hamas.
Autoridades israelenses dizem que notificaram até agora as famílias de 212 reféns que estão na Faixa de Gaza. O contra-almirante Daniel Hagari diz que o número não é definitivo, pois os militares investigam novas informações sobre os desaparecidos. O número não inclui Judith Raanan e sua filha Natalie, cidadãs americanas que foram libertadas pelo Hamas na noite de sexta-feira.
Israel ataca mesquita na Cisjordânia
Alvo eram agentes de grupos extremistas. O Exército de Israel anunciou na madrugada de domingo (horário local) que matou agentes dos grupos extremistas Hamas e Jihad Islâmica em um ataque aéreo a uma mesquita na cidade de Jenin, na Cisjordânia.
O ataque atingiu a mesquita Al-Ansar. O local, segundo o Exército, era "usada por terroristas como centro de comando para planejar ataques e como base para a sua execução".
As Forças de Defesa de Israel alegam que um atentado era planejado no local. Integrantes dos dois grupos já tinham articulado "diversos ataques terroristas dos últimos meses" na mesquita. A nota do Exército não esclarece quais.
O serviço médico do Crescente Vermelho disse que pelo menos um palestino morreu no ataque e outros três ficaram feridos.
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