Primeiros estrangeiros deixam Faixa de Gaza; assista
Vídeos mostram os primeiros estrangeiros deixando a Faixa de Gaza pelo Egito desde o início da guerra, em 7 de outubro.
O que aconteceu
A passagem de Rafah foi aberta para 335 estrangeiros, informou um funcionário egípcio à AFP. Não há brasileiros na lista.
Também foi autorizada a entrada de 76 palestinos feridos, que receberão tratamento médico no Egito.
Acordo entre Israel, Egito e Hamas permitiu a travessia. Ainda não há previsão de quando mais pessoas poderão deixar a Faixa de Gaza, fortemente bombardeada por Israel.
Autoridades locais divulgaram a nacionalidade dos que receberam a permissão. Eles são da Austrália, Áustria, Bulgária, Finlândia, Indonésia, Jordânia, Japão e República Tcheca. Além deles, há também feridos e integrantes de organizações humanitárias, como a Cruz Vermelha.
Há estrangeiros de 44 países e 28 agências, organizações e ONGs na Faixa de Gaza, segundo fontes diplomáticas ouvidas pela agência AFP.
Ministério da Saúde em Gaza pediu que Egito receba 4 mil palestinos feridos. Eles precisam de tratamentos que não estão disponíveis no território, segundo o porta-voz da pasta, Ashraf al-Qudra. "Esperamos que possam viajar nos próximos dias, porque precisam de cirurgias que não podem ser feitas em Gaza. Devemos salvar suas vidas", disse.
Faixa de Gaza se transformou em cemitério para milhares de crianças, disse o porta-voz do Unicef, James Elder, ontem. Desde o início do conflito, mais de 8.500 pessoas foram mortas no território —dentre essas, 3.542 crianças.
Gaza tem 2,4 milhões de habitantes, que tentam sobreviver entre bombardeios e o cerco que barra a chegada de eletricidade, água potável, combustível e alimentos ao enclave desde o início da guerra.
Decisão de abrir a passagem de Rafah foi anunciada ontem, logo após Israel atacar Jabalia, o maior campo de refugiados de Gaza. Ao menos 50 pessoas morreram. O governo de Tel Aviv disse ter matado uma liderança militar do Hamas no local.
*Com informações de AFP
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