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Hamas esconde extremistas em ambulâncias, e fronteira é fechada, diz Israel

A fronteira entre Gaza e o Egito, em Rafah, foi fechada nesta quarta-feira (8) por questões de segurança. Segundo Israel, o Hamas usou ambulâncias que iriam para o país vizinho para esconder extremistas.

O que aconteceu:

As Forças de Defesa de Israel divulgam um telefonema que dizem ser uma prova do uso de ambulâncias pelo Hamas para o terrorismo. O contexto da chamada, porém, não fica claro.

Na ligação, o que seria um agente do Hamas fala com um homem de Gaza, e diz que "pode sair [de Gaza] com qualquer ambulância" que vai e volta ao Egito.

"Há ambulâncias que vão e voltam. Eu posso ir com qualquer ambulância", diz ele, quando um cidadão da região questiona se é preciso enviar um veículo para ele.

Mais cedo, o porta-voz adjunto do Departamento de Estado dos EUA, Vedan Patel, disse que "questões de segurança" motivaram o fechamento, sem detalhar o caso. Ele também afirmou que autoridades dos EUA estão trabalhando com Egito e Israel pela reabertura.

"Nosso entendimento é que, dadas as circunstâncias de segurança, a passagem da fronteira de Rafah permanece fechada hoje", disse Patel durante uma coletiva de imprensa regular.

Rafah é o único ponto de entrega de ajuda humanitária desde o início da guerra entre Hamas e Israel. A cidade é controlada pelo Egito e não faz fronteira com Israel.

A fronteira também está sendo usada para a saída de estrangeiros. O local foi fechado no fim de semana após um ataque de Israel a uma ambulância, e foi reaberta na segunda-feira (6).

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Brasileiros aguardam liberação

Desde o começo da evacuação de estrangeiros pelo ponto de Rafah, em 1º de novembro, nenhum brasileiro foi autorizado a deixar Gaza em direção ao Egito.

Um avião da Presidência está de prontidão no Egito para trazer 34 pessoas de volta ao Brasil. Grupo inclui 24 brasileiros, 7 palestinos com RNM (Registro Nacional Migratório) e 3 palestinos. Do total, 18 são crianças, 10 são mulheres e 6 são homens.

O cônsul geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, negou que Israel atrase deliberadamente a saída: "Apesar das declarações recentes, o Hamas é o único fator atrasando a saída dos brasileiros de Gaza por seus próprios interesses", declarou o cônsul, sem citar a quais críticas se referia.

Erdreich afirmou que a cota de estrangeiros liberados é acordada diretamente com o Egito, e que o grupo extremista "impediu estrangeiros de sair no domingo, na segunda-feira e na quarta-feira desta semana", o que ele definiu como "uso cínico da população civil estrangeira".

O estado de Israel não possui interesse algum em atrasar a saída dos brasileiros e dos estrangeiros de qualquer outra nacionalidade. [...] Israel está fazendo tudo que está a seu alcance para articular a saída dos brasileiros de forma segura e mais rápido possível.
Declaração do cônsul de Israel em vídeo

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