Venezuela chama de 'provocação' exercícios militares dos EUA na Guiana
A Venezuela classificou como uma "infeliz provocação" os exercícios militares anunciados pelos Estados Unidos na Guiana, nesta quinta-feira (7).
O que aconteceu
"Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada", escreveu o ministro do Poder Popular para a Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, em postagem no X — ele fez referência à petroleira norte-americana e insinuou interesse dos EUA no combustível fóssil abundante na região de disputa.
O ministro afirmou que o movimento do governo norte-americano não fará com que Caracas recue de suas "ações futuras para a recuperação de Essequibo", região rica em petróleo, que se tornou o centro do conflito entre os países vizinhos. "Não se enganem, viva a Venezuela", reiterou Padrino.
Esta infeliz provocación de Estados Unidos a favor de los pretorianos de la ExxonMobil en Guyana es otro paso en la dirección incorrecta. Advertimos que no nos desviarán de nuestras futuras acciones por la recuperación del Esequibo ¡No se equivoquen! ¡Viva Venezuela! pic.twitter.com/1UIfPNQODY
-- Vladimir Padrino L. (@vladimirpadrino) December 7, 2023
Mais cedo nesta quinta, os EUA anunciaram os exercícios militares para "fortalecer a parceria de segurança com a Guiana".
Anúncio acontece após aumento de tensão com a Venezuela, que pretende anexar a província de Essequibo, que corresponde a cerca de 70% da Guiana.
No último domingo (3), a maioria dos venezuelanos aprovou referendo para anexar o território da Guiana à Venezuela. Posteriormente, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mostrou o que quer que seja o novo mapa do país, com Essequibo incluso — o movimento gerou reação das autoridades da Guiana. O presidente Lula (PT) se opõe ao conflito e afirmou, hoje, que a América do Sul não precisa de uma guerra.
Disputa do território é histórica e acontece ao menos desde 1899. A Venezuela argumenta que zona marítima em frente a Essequibo pertence ao país. Já a Guiana disse ter entrado em contato com órgãos internacionais para preservar suas fronteiras.
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