Conteúdo publicado há 11 meses

Venezuela chama de 'provocação' exercícios militares dos EUA na Guiana

A Venezuela classificou como uma "infeliz provocação" os exercícios militares anunciados pelos Estados Unidos na Guiana, nesta quinta-feira (7).

O que aconteceu

"Esta infeliz provocação dos Estados Unidos em favor da ExxonMobil na Guiana é mais um passo na direção errada", escreveu o ministro do Poder Popular para a Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, em postagem no X — ele fez referência à petroleira norte-americana e insinuou interesse dos EUA no combustível fóssil abundante na região de disputa.

O ministro afirmou que o movimento do governo norte-americano não fará com que Caracas recue de suas "ações futuras para a recuperação de Essequibo", região rica em petróleo, que se tornou o centro do conflito entre os países vizinhos. "Não se enganem, viva a Venezuela", reiterou Padrino.

Mais cedo nesta quinta, os EUA anunciaram os exercícios militares para "fortalecer a parceria de segurança com a Guiana".

Anúncio acontece após aumento de tensão com a Venezuela, que pretende anexar a província de Essequibo, que corresponde a cerca de 70% da Guiana.

No último domingo (3), a maioria dos venezuelanos aprovou referendo para anexar o território da Guiana à Venezuela. Posteriormente, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, mostrou o que quer que seja o novo mapa do país, com Essequibo incluso — o movimento gerou reação das autoridades da Guiana. O presidente Lula (PT) se opõe ao conflito e afirmou, hoje, que a América do Sul não precisa de uma guerra.

Disputa do território é histórica e acontece ao menos desde 1899. A Venezuela argumenta que zona marítima em frente a Essequibo pertence ao país. Já a Guiana disse ter entrado em contato com órgãos internacionais para preservar suas fronteiras.

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