Hamas anuncia em vídeo a morte de mais dois reféns israelenses
O grupo extremista Hamas divulgou um novo vídeo nesta segunda-feira (15) anunciando a morte de mais dois reféns israelenses.
O que aconteceu
Vítimas são homens sequestrados no dia 7 de outubro do ano passado. Eles foram identificados pela mídia de Israel como Yossi Sharabi, 53, e Itay Svirsky, 38.
Anúncio foi feito em vídeo por uma jovem israelense. As imagens mostram Noa Argamani, 26, dizendo que dois homens com os quais dividiu o cativeiro morreram. A mulher é a mesma gravada na garupa de uma motocicleta gritando: "Não me mate!", durante o ataque terrorista em Israel.
Hamas diz que reféns morreram em bombardeios de Israel em Gaza. "Morreram em bombardeios sionistas", diz comunicado incluído no vídeo. Não está claro quando a gravação foi feita. No domingo (14), o grupo extremista havia divulgado outro vídeo, em que Noa Argamani aparece viva ao lado dos outros dois reféns.
Governo israelense descartou novo cessar-fogo. Pouco após a divulgação do vídeo, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, declarou em entrevista coletiva que o Hamas está exercendo "pressão psicológica" nos familiares dos reféns. Ele descartou qualquer cessar-fogo.
Yoav Gallant defendeu "pressão militar". Ministro disse que a única forma de libertar os reféns é seguir aplicando "pressão militar". Do contrário, "ninguém falará conosco" e "não chegaremos a nenhum acordo". "O Hamas recebeu um duro golpe das forças armadas. O que lhes resta é tocar em um ponto sensível para a sociedade israelense por meio de atos de maus-tratos psicológico contra os familiares".
O Hamas capturou cerca de 250 reféns em seu ataque de 7 de outubro. As autoridades israelenses calculam que 132 seguem detidos em Gaza, dos quais 25 teriam morrido.
Secretário-geral da ONU pede cessar-fogo 'imediato' em Gaza
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu hoje um cessar-fogo "imediato" em Gaza. Guterres também pediu a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas e a entrada de ajuda "suficiente" para os habitantes do território.
"Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato", disse Guterres em uma declaração à imprensa em Nova York. Para ele, pausa ajudará a garantir que "ajuda suficiente chegue onde se necessita" e para "apagar as chamas de uma guerra mais ampla porque quanto mais se prolongar o conflito em Gaza, maior será o risco de escalada e erro de cálculo".
Mais de 24 mil pessoas morreram desde o início do conflito com Israel, em 7 de outubro. Dados foram divulgados pelo Hamas. "Nada pode justificar o castigo coletivo aos palestinos", lembrou Guterres, para quem um cessar-fogo facilitaria a libertação dos reféns israelenses nas mãos do Hamas. O secretário-geral da ONU voltou a condenar os atentados "horríveis" de 7 de outubro, que desencadearam a resposta militar israelense.
*Com AFP
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