Conteúdo publicado há 10 meses

OceanGate processou ex-funcionário que denunciou problemas em submersível

A OceanGate, empresa responsável pelo submersível Titan, demitiu anos antes do acidente um funcionário que alertou os executivos para problemas com a embarcação.

O que aconteceu

Um ex-funcionário havia alertado os executivos da OceanGate sobre a ineficiência do design do casco do submersível. O funcionário afirmou que suas advertências um ano antes da tragédia foram "rejeitadas em diversas ocasiões", segundo apurou a ABC News.

David Lochridge foi diretor de operações marítimas da OceanGate até ser demitido da empresa, em 2018. Ele foi processado ao produzir um relatório que alertava a empresa sobre problemas graves na estrutura e no sistema de monitoramento do Titan. A ABC News obteve o relatório e documentos detalhando os apelos de Lochridge ao CEO da Oceangate, Stockton Rush, para encontrar um novo método de testar o casco em busca de rachaduras ou buracos.

Durante a reunião de quase duas horas, discutiu-se principalmente o sistema de monitoramento do casco do Titan, que envolvia testes acústicos para detectar falhas. No teste, sensores seriam colocados ao longo do casco para detectar rachaduras ou quebras no casco. Lochridge contestou a eficácia desses sensores, argumentando que não forneceriam tempo suficiente para reações dos pilotos em caso de falha iminente.

Lochridge foi demitido três dias após a reunião. Ele apresentou uma queixa à Osha (Administração de Segurança e Saúde Ocupacional) alegando que a OceanGate violou a SPA (Lei de Proteção ao Marinheiro). A SPA é uma lei federal que proíbe retaliações contra marinheiros que participam de atividades relacionadas com o cumprimento das leis e normas de segurança marítima.

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