Conteúdo publicado há 1 mês

Estado Islâmico assume autoria de atentado que deixou 62 mortos na Rússia

O Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque que deixou ao menos 40 pessoas mortas e 145 feridas em uma casa de show na Rússia.

O que aconteceu

O grupo assumiu a autoria em um canal do Telegram. A informação foi divulgada pela agência de notícias Reuters.

Comunicado diz que criminosos fugiram após ataque a sala de concertos. "Os combatentes do Estado Islâmico atacaram uma grande concentração de cristãos na cidade de Krasnogorsk, nos arredores da capital russa, Moscou, matando e ferindo centenas e causando grande destruição ao local antes de se retirarem em segurança para as suas bases", diz o comunicado.

O governo russo ainda não emitiu comunicado sobre a declaração do grupo terrorista.

Ataque deixou ao menos 40 mortos

Um tiroteio e uma série de explosões no Crocus City Hall, uma casa de shows na região de Moscou.

Ao menos 40 pessoas morreram, segundo a imprensa russa. Cerca de cinco pessoas com trajes camuflados invadiram a casa de espetáculos e dispararam indiscriminadamente.

O Ministério da Saúde Moscou disse que 145 pessoas foram hospitalizadas em várias clínicas. Pelo menos seis delas são crianças, segundo a lista publicada pelo governo.

Em vídeos publicados nas redes, as pessoas aparecem tentando fugir do prédio. Ao fundo, é possível ouvir metralhadoras. Os relatos começaram a surgir por volta das 20h15 (horário local).

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Também foram relatadas explosões, que deixaram o prédio em chamas. Até 100 pessoas podem estar presas no prédio, segundo o canal da Crocus no Telegram.

Centenas de pessoas aguardavam uma apresentação do grupo Picnic quando o ataque começou. Os músicos da banda, porém, não ficaram feridos, relatam os serviços operacionais russos.

O telhado da casa de espetáculos começou a desabar por volta das 20h47. Os bombeiros não puderam iniciar a extinção do incêndio devido à ameaça à vida das pessoas que ainda estão no prédio, informou o site de notícias Fontanka. Helicópteros estão sendo enviados ao local para extinguir o fogo de forma menos arriscada, informou o Diário de Notícias.

Cerca de 50 ambulâncias foram enviadas ao local. O Departamento de Transportes informou que a estação Myakinino, próxima à Crocus, está aberta para entrada e saída de passageiros.

A Rússia anunciou que abriu uma investigação sobre "atentado terrorista" após o ataque a tiros em Moscou.

Prefeitura de Moscou cancelou todos os eventos públicos deste fim de semana. O governador da região de Moscou, Andrey Vorobyov, foi até o local do ataque: "Fui até o local. Uma sede operacional foi criada. Todos os detalhes virão mais tarde", afirmou, em seu canal do Telegram.

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Segunda explosão. Uma segunda explosão foi ouvida na casa de shows, perto de Moscou, local onde já havia ocorrido o tiroteio mais cedo, informaram agências de notícias.

Ucrânia nega envolvimento

A Ucrânia, que está em guerra contra a Rússia, negou envolvimento com o ataque. A Casa Branca corroborou o posicionamento e disse que "não há nenhuma indicação neste momento" do envolvimento ucraniano. A sede do governo dos EUA também disse que as imagens do tiroteio são "horríveis e difíceis de assistir".

O ex-presidente russo Dmitri Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança, disse que o governo "eliminará" líderes ucranianos, caso o envolvimento seja confirmado. "Se ficar estabelecido que se tratam de terroristas do regime de Kiev (...), serão localizados e destruídos sem piedade, como terroristas. Inclusive os dirigentes do Estado que cometeu semelhante atrocidade".

*Com informações da AFP e da Reuters

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